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Impulso
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05/06/2024

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Daniel Orlean, Founder e Co-CEO da Voltz

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No episódio #3 do Deep Dive Podcast, tenho a honra de receber Daniel Orlean, Founder e Co-CEO da Voltz, empreendedor, líder e executivo de empresas de tecnologia. Em nosso papo, você vai descobrir a fundo seus valores, sua pessoa e suas verdades inconvenientes.

Transcrição automática

Sylvestre Mergulhão(00:12.706)

Olá, ouvintes! Eu sou Silvestre Mergulhão, fundador e CEO da Impulso. Eu estou aqui diretamente dos estúdios do Curso em Vídeo do meu amigo, influencer e youtuber Gustavo Guanabara. E este é o Deep Dive Podcast. O podcast nos convida a mergulhar profundamente em nossas mentes. Não queremos falar sobre os quatro segredos do sucesso, sobre como fazer gestão por OKRs ou como vender mais usando o grande framework de vendas do momento. Nós falaremos sobre pessoas...

valores e comportamentos sobre como foi a jornada dos nossos convidados desde os seus mais longínquos tempos até os dias de hoje e quais também são as suas grandes verdades inconvenientes. E hoje eu estou aqui com Daniel Orleã, meu amigo, cofundador e co-CEO da Voltz Fintech. Bem-vindo.

Daniel Orlean:

Obrigado, aí, Mergulhão. Gostei dos mais longínquos tempos. Me senti jovem há bastante tempo também para compartilhar essas verdades inconvenientes. Muitas verdades inconvenientes serão compartilhadas hoje.

Quem quiser conhecer um pouco mais sobre o Daniel Orlean, aqui na descrição desse episódio, teremos links sobre outros podcasts, entrevistas e participações do Daniel, porque hoje aqui a gente vai falar primeiramente sobre seus valores, o exercício de valores que eu gosto de fazer com todos os meus convidados. Normalmente é um exercício que eu faço com os liderados que eu vou contratar para a Impulsa. Então eles passam por essa entrevista de quais são os seus valores, e a gente conversa sobre os valores, e é esse o motivo da gente estar falando sobre eles aqui.

porque os valores também nos contam um pouco sobre a nossa história e sobre como a gente toma decisões na nossa vida, como a gente se pauta nesses valores. Na minha vida, pelo menos, foi muito importante. Depois que eu olhei para os meus valores, eu percebi que, no passado, eu tomei várias decisões baseadas nesses mesmos valores, e isso deixou muito evidenciado de quão esses valores eram importantes para mim. Então, começando por aí, quais são os seus primeiros valores, principais valores, três mais importantes valores?

Olha, eu acho que eu acertei e muito, principalmente por conta desses valores. E o primeiro deles, para mim, é a minha sede de realização. Eu, olhando toda a minha carreira, desde quando eu era moleque, estudante, empreendedor, e hoje, sendo cofundador e executivo de uma empresa de um grande grupo, eu sempre fui pautado por ver qual era o impacto que aquilo que eu estava fazendo estava gerando. Não só para mim, mas também para minha equipe, para o público -alvo das minhas empresas na época.

Sylvestre Mergulhão(02:34.4)

Então, realizar sempre foi meu mote. Eu me sentia muito incomodado quando eu não estava fazendo algo, quando eu não estava gerando alguma coisa que tinha impacto positivo, principalmente na vida das pessoas. Seguindo daí, eu também venho de uma cultura, uma cultura que acho que é até familiar ou de comunidade, de querer sempre evoluir. Eu brinco muito, eu critico bastante aquele conceito do lifelong learning. É até uma verdade inconveniente sobre mim, porque...

Para mim, é esquisito falar sobre Life Long Learning, porque para mim, life é learning. Não é aprendizado ao longo da vida. Para mim, eu acho que vou estar morto no dia que parar de aprender. Pode parecer um clichê, mas tem muito a ver com esse valor que vocês nutrem bastante de evolução. Eu quero estar sempre aprendendo, aprendendo todo dia e vasculhando, desbravando novas áreas. Então, isso me trouxe muita coisa positiva e me trouxe alguns conflitos também.

ao longo do tempo, que acho que a gente vai ter oportunidade pra falar. E aí, só fazendo um disclaimer, né, você apontou embaixo vários outros podcasts ou conteúdos que eu já falei. Pelo que você me falou, eu vou falar coisas aqui que eu não falei em nenhum deles. Mas essa é exatamente a Certamente a ideia é essa. E o terceiro valor da lista, não que seja menos importante que os outros dois, mas eu acho que complementa essa trinca, é a minha necessidade de conexão. Eu, ao longo desses anos de empreendedorismo, principalmente, eu nunca fiz nada sozinho.

Eu nunca gerei um grande resultado, que é o primeiro caso de realização, e eu nunca aprendi, que é o segundo valor que a gente também tratou, não conectando com as pessoas. Para mim, conexão. E aí não é uma conexão só do ponto de vista de trabalho, é uma conexão de você estar com pessoas que nutrem os mesmos valores, que são diferentes de mim, porque se fossem iguais a mim, a gente não ia conseguir gerar coisas novas.

que são diferentes, mas que nutrem aqueles elementos centrais que a gente não abre mão. Porque, como você falou, são os valores que pautam as nossas decisões, certas ou erradas. Eu costumo dizer que, às vezes, a gente tem que tomar as decisões pelos motivos certos para a gente. Não necessariamente eles são certos absolutamente falando, mas eles são certos para a gente. E, inconscientemente ou conscientemente, você falou que quando você fez essa análise para trás, você reparou que muitas decisões foram pautadas por valores.

Sylvestre Mergulhão(04:54.637)

Eu fiz esse trabalho há bastante tempo, até tem uma das coisas que a gente vai falar sobre pessoas que foram importantes para mim, mas lá no início eu aprendi essa importância dos valores, essa importância de saber o que é caro para você, caro no sentido de que você valoriza, que é a própria raiz dos valores. Então, realização, evolução e conexão. Claro que eu gosto de liberdade para poder criar, para poder aprender coisas novas, mas se eu não tiver esses três pilares aqui, eu acho que eu não vou ser mais feliz.

Boa. Eu tenho uma pergunta sobre evolução. Você é daquelas pessoas que, quando não está aprendendo nada novo, usa aquela frase que é um pouco clichê também? Eu me sinto que estou "emburrecendo". Você é dessas pessoas ou não? Cara, eu gosto de "emburrecer". Por mais que isso pareça esquisito, porque eu acho que uma das maiores dificuldades que a gente tem hoje, não é a gente que é jovem há mais tempo, né? A gente é jovem com mais experiência que algumas outras pessoas, ou que viveu, não necessariamente tem mais experiência, mas que viveu várias experiências.

Se eu não for capaz de "emburrecer" pra reaprender, eu acho que no mundo de hoje a gente tá... desculpa, pode falar palavrão aqui, né? Ah, que tá liberado. É, tá liberado. Cara, a gente tá fodido. Eu, na faixa dos 40, 40 e poucos anos, se eu não "emburrecer" pra aprender de novo, significa que eu vou ficar com os mesmos conceitos, com as mesmas ideias de quando eu tinha 20, 30 anos, que eu tinha outra maturidade, outras perspectivas. Então, pra mim, essa questão da vida é sempre aprender, desaprender e reaprender.

Então, emburrecer faz parte. Quem não emburrece, de certa maneira, para poder reaprender, também acho que está estagnado. Perfeito. Excelente essa visão. Gostei bastante. Já acabei de criar, cara. A evolução. Já que você falou de pessoas que foram importantes na sua vida, vamos começar por elas, então. Olhando para trás na sua jornada, tem pessoas que foram importantes, que deram conselhos relevantes para você, que hoje você olha para trás e fala, poxa, eu aprendi muito com essa pessoa, essa pessoa... Mesmo que, eventualmente, você não a conheça pessoalmente.

Eu aprendi muito com pessoas que eu não conheço pessoalmente. Então fala um pouquinho sobre isso. Não, perfeito. Eu vou dividir em dois grupos. Pessoas que, por conta dessa conexão, e aí às vezes são conexões bem lá para trás, até uma questão familiar que eu citei, os meus avós, que são imigrantes, são refugiados, hoje você fala muito desse conceito de refugiado, meus avós fugiram para o Brasil. A parte da minha mãe, no início, em 1900 e pouquinho, fugindo do...

Sylvestre Mergulhão(07:17.165)

da Síria, até da própria ascendência judaica, que os judeus foram expulsos dos países árabes, e do meu pai, do próprio Holocausto, do nazismo, então da Polônia, principalmente. Chegaram aqui no Brasil, porque no Brasil se falava muito que tinha oportunidade, que você podia reconstruir, mas com muito pouca educação formal. Meus avós estudaram, um estudou até a quarta série, o outro, se não me engano, estudou até a segunda série, isso fundamental, não do...

imaginário, né, ensino médio, com muito pouco conhecimento formal, mas com uma cultura de aprendizado muito grande. Então, quando eu critico, eu brinco com esse conceito do lifelong learning, é porque quando eu via o meu avô, meu avô, né, pra mim ele era um... mesmo quando ele tinha a minha idade, né, meu avô fez, um deles fez 100 anos agora, outro faleceu com 98, eu via o meu avô estudando, né, pra mim o meu avô...

Todo mundo falava assim, não, meu avô está aposentado, meu avô está... Cara, eu via meu avô estudando toda semana, todo dia, aprendendo alguma coisa nova com um livro na mão e contando histórias, os dois, na verdade. Então, contava histórias quando ele chegou no Brasil, quando ele começou, quando ele foi vendedor, quando descobriram que ele estava vendendo, mas ele era menor, não podia vender, e ele fugiu. E pô, e como que os amigos ajudaram, como ele pegava o trem, como ele começou a construir ali a carreira, como ele aprendeu a empreender. E o meu outro avô, quando ele...

Começou a trabalhar numa empresa grande, o que ele observava. Então, essa questão do aprendizado contínuo, aprendizado como vida e não ao longo da vida, eu devo muito à minha família, eu devo muito aos meus avós e, obviamente, ao meu pai e a minha mãe, que são professores. Então, eu brinco que eu nasci numa sala de aula e talvez tenha sido concebido numa sala de aula, porque eles não saíam da minha mãe professora de criança, meu pai professor de adolescente, de jovem.

Ele é de matemática e física e ela é infantil. Então, quando eu era... Eu me lembro muito pequeno deles me levarem para a escola, meu pai me levar para a aula que ele estava dando. Eu não tinha nem capacidade para entender aquilo, mas eu vi o meu pai dando aula com sorriso no rosto, brilho nos olhos. Uma molecada que, num colégio público, você podia falar, eventualmente, não estão valorizando aquilo, mas ele fazia ser de uma maneira interessante. Então, ele entendia o que a molecada gostava, era de futebol. Ele adaptava a matemática para o futebol.

Sylvestre Mergulhão(09:38.965)

ele adaptava física para o futebol. Ah, é, sei lá, de festa. Então vamos organizar uma festa aqui, pelo menos fantasiosamente, usando os conceitos de matemática. Então, assim, aprender. Eu entendi desde muito cedo que era obrigatório e importante. Não obrigatório no sentido de, vamos me obrigar a fazer. Mas, assim, cara, você é que nem respirar. Você tem que estar aprendendo. E também fazer isso de uma maneira lúdica, de uma maneira divertida. Isso eu aprendi com o meu pai, com a minha mãe. Então...

Eu cheguei... Quando você pensa, filho de professores... Eu não venho de uma família rica. Também não venho de uma família que passou necessidade. Eu venho de uma família que era trabalhadora pra cacete. Era aprendedora e trabalhadora pra cacete. Meu pai resolveu empreender num determinado período, porque a vida de professor... Apesar de ser valorizado, não é muito remunerado, não muito bem remunerado. Então ele começou a empreender dentro da educação. Depois da educação, ele foi pra...

parte de gráfica, porque ele abriu um curso em pré -vestibular, gastava muito com a produção de material, começou a imprimir ele mesmo, começou a usar as máquinas para imprimir para fora e tal, e cresceu, quebrou, cresceu, quebrou, cresceu, quebrou, e eu aprendi ali também a viver com risco, como que meu pai vivia com risco. Então, o aprendizado, como algo fundamental, o aprendizado de uma maneira lúdica, e correr risco, empreender, tentar fazer algo diferente. Então, eu respirei aquilo muito cedo. Meu pai trouxe um computador...

quando eu tinha sete anos para fazer os materiais gráficos, fazer os orçamentos. Então, eu comecei a entrar em contato com tecnologia também ali. Cara, então, eu tive a oportunidade de estudar nas melhores escolas, porque minha mãe sendo professora eu ganhava bolsa, porque se dependesse do salário eu não ia conseguir estudar nessas boas escolas. Entrei em contato com muita gente diferente de mim, fui fazer faculdade. E aí, na faculdade, eu falei, cara, aqui é a minha chance de aprender para cacete e mudar essa realidade.

Aprender aquilo que seja necessário para poder realizar, para poder evoluir, para poder conectar, para poder empreender. Então, na faculdade eu conheci muita gente sensacional também. Tem alguns professores que ao longo do tempo me deram porradas. Eu aprendi muito com porrada na vida. Não porrada, assim, passei necessidade. Não. Assim, passamos algumas situações complexas, como família, como quando...

Sylvestre Mergulhão(12:01.683)

Meu pai chegou nos 40 e poucos anos preocupado se ia conseguir, se precisasse de um emprego, caso a gráfica quebrasse e tal. Então, sempre vivia aquilo. Mas teve um professor que virou pra mim, e quando eu estava começando a pensar em empreender, o Marcos Felipe Magalhães. Ele virou e falou, Daniel, você tem que saber o que é mais valioso pra você. Se é fama ou fortuna. Cara, e eu falei, mas por que não posso querer os dois? Ele falou, você pode até querer os dois.

Você tem que entender o que é mais valioso para você. Eu adaptei essa pergunta, fama ou fortuna, para fama, fortuna ou legado. Porque, fama, está todo mundo te conhecendo. Beleza, você pode ganhar dinheiro porque está todo mundo te conhecendo. Fortuna, você pode ganhar dinheiro, você pode ser bem sucedido e ninguém te conhecer. Conhecer o resultado do seu trabalho, mas não te conhecer necessariamente. Eu acho que quando você consegue fazer algo impactante para as pessoas, você é remunerado por isso, você deixa um legado. Aquilo que você deixa nas pessoas.

para a comunidade. Então, isso foi bem importante. Essa foi uma frase que eu ouvi, que eu sempre pergunto para as pessoas com quem eu vou trabalhar. Cara, o que é valioso para você? Por que você está aqui? Porque o que é valioso para mim não é a mesma coisa que é para você e não é a mesma coisa para as outras pessoas que estão trabalhando. Cara, tem vários outros aprendizados, mas se você me deixar, eu vou ficar o tempo inteiro falando aqui. Maravilhoso. Bom, vamos lá. E o que você pensa sobre essa coisa de cuidar de si mesmo antes de cuidar dos outros?

É uma coisa que é um pensamento egoísta, como aquela frase clássica da máscara do avião, que coloca primeiro em você e depois em quem está do lado. Como é que você pensa sobre isso? Cara, tem duas fases de como eu pensei sobre isso. Eu acho que eu, de novo, essa questão cultural, eu venho de uma cultura onde você tem que pensar nos outros, onde você pensa na sua comunidade, onde tem até uma expressão que...

Todo o povo da comunidade tem que pensar no outro da comunidade. Então, isso pra mim sempre foi muito forte. Só que... Eu tenho um outro amigo, cara, que é cara também sensacional, que é o André Diamand, não sei se você conhece ele, mas que trabalhou sexo e câmbas, né? Ele desenvolveu um modelo de como é que você pode ser foda. A tua empresa, você... E um dia, eu tava até falando podcast com ele, mas ele é outra pegada, né? E aí, cara, ele virou pra mim, assim, no intervalo e falou...

Sylvestre Mergulhão(14:24.781)

Cara, tu tem que ser mais egoísta. Eu falei, como assim, eu tenho que pensar em você também. Toda hora você fala do impacto nos outros, da família, do não sei o E você, a cacete, quando é que você vai pensar em você? Será que você quer sempre agradar todo mundo? Então, é claro que existe uma questão diferente entre ser egoísta e passar em cima dos outros, passar por cima dos outros, pisar nos outros para você alcançar o seu resultado e o autocuidado, né? Que é você... Não, cara.

Se eu não estiver bem, eu também não vou conseguir gerar um resultado importante para as minhas próximas gerações ou para os meus pais, que me levaram até um ponto muito importante para eu ser quem eu sou hoje, ou para os meus colegas, os colegas de trabalho. Então, você tem que saber dosar o que é ser... essa alteridade entre saber que você é você e que você é importante e saber que o outro é o outro.

e que existe um equilíbrio entre esse altruísmo e o egoísmo de uma maneira que faça a gente poder crescer sem se anular. Então isso para mim é muito importante também. Adorei essa definição que você deu, né? O que algumas pessoas chamam de egoísmo, outras chamam de autocuidado e ter essa diferenciação entre qual é a linha que transforma uma situação numa questão efetivamente egoísta e o quanto que isso não é autocuidado.

E aí, se só me permitir, tem um livro muito legal sobre esse assunto, que é o Dar e Receber, do Adam Grant, que fala muito sobre quem é muito doador ou quem é muito recebedor, em geral, não está naquele ponto que é o ponto ótimo. Você tem que saber a hora de dar, a hora de receber, e aí conseguir ser, cara, o melhor profissional, o melhor pai, o melhor esposo, esposo é uma palavra esquisita, mas o melhor marido, o melhor companheiro, o melhor líder.

Se for só para os outros, você está ferrado, se for só para você, você está ferrado também. É, os extremos normalmente estão meio equivocados. E aí, então, trazendo um pouco dessa parte do egoísmo, vamos falar sobre o ego, que também é um tema super polêmico. Então, o ego pode ser uma força motivadora ou uma força limitadora. Você pode compartilhar com a gente experiências em que você teve que superar obstáculos em relação ao seu próprio ego?

Sylvestre Mergulhão(16:48.245)

para alcançar objetivos, ou como você vê isso nas suas relações? Porque, enfim, dentro dos nossos ambientes corporativos, das nossas empresas, é muito perceptível o quanto as pessoas têm o ego de defender as suas próprias ideias, e às vezes são muito agarradas as próprias ideias, e isso deixa um pouco o ambiente sem criatividade. Cara, eu não assisti ainda, uma pessoa está falando muito daquele documentário do We Are The World, que o pessoal...

juntou uma pancada de artista foda pra caramba, cantores, compositores, e fizeram a música, que depois bateu todos os sucessos. Parece que tinha na porta uma frase que é, deixa seu ego do lado de fora, em inglês, no original. E aí eu fiquei pensando sobre isso, até antes de saber que você podia me perguntar sobre esse assunto, porque o ego pode ser bom.

Na verdade, todos nós temos o ego. É um dos três pilares até da nossa própria consciência. E ajuda a gente a não ser totalmente instintivo, né? É pensar, né? E de ego, super ego. É você, eventualmente, até conseguir racionalizar o você e o outro, o você e a comunidade, né? O você mais selvagem do você social. Ego é algo que a gente tem que saber lidar.

Você dizer, ah, eu não tenho ego, é mentiroso. Então, porra, você não é ególatra, não é egoísta, você é mentiroso, porque você tem ego. Você só pode estar... Você deve estar colocando ele em segundo plano ou você está fingindo colocar ele em segundo plano para ficar bonitinho. Porque agora é normal, né? Você querer ser bonitinho, você querer falar as coisas legais, você querer ser totalmente politicamente correto, nada contra você brigar contra preconceitos e tal, na verdade, super a favor de você brigar contra preconceitos, mas...

Todos nós temos que lembrar que o nosso ego é importante. Aí ele virou um palavrão. Não é só uma das três dimensões de algumas teorias psicológicas que explica o ser humano. Então, quando você vai para o mundo corporativo, é muito comum eu tomar algumas posturas, principalmente como líder, que eu falo assim, cara, dane -se eu, dane -se você, nesse caso, de não me preocupar com o que o outro sente. Mas qual é o objetivo que a gente quer alcançar junto?

Sylvestre Mergulhão(19:02.765)

de maneira ética, de maneira íntegra, de maneira honesta, mas não é o que eu penso, não é o que você pensa, é onde a gente quer chegar, qual é o motivo que está levando a gente para chegar lá, qual é o valor que está levando a gente para chegar lá. E como eu fui empreendedor antes de ser executivo, às vezes eu sinto esse conflito, porque nas empresas, principalmente nas grandes empresas, a política corporativa é muito forte e eu não sabia lidar com ela.

Então eu cheguei muito no... Então vamos fazer, vamos embora, vamos lá, vamos inovar, vamos criar, vamos experimentar, vamos errar. E a pessoa está preocupada com o emprego dela. Normal, não estou criticando. Mas eu não vim com essa armadura. Até fui aprendendo a desenvolver um pouquinho ela. A gente que é empreendedor e entra no mundo corporativo passa por isso. É inevitável. É inevitável e pode ser legal, pode ser bom.

se você tem esse valor da evolução junto e da conexão. Porque, cara, você sentir, aprender... Às vezes eu nunca quis, nunca me preocupei em ser o número um da empresa. Tanto que, em outros negócios que eu tive, eu falava, cara, eu quero ser o líder naquilo que eu sei que eu posso ser o melhor líder. Mas se tiver alguém melhor do que eu, até porque eu era sócio, então se a empresa crescesse muito mais do que eu, ia ser bom para mim. Não é assim, eu... Ah, não. Se eu tenho que ser eu. Ou...

CMO tem que ser eu. Eu briguei pra ser CMO quando eu achava que era o melhor cara pra ser CMO. Mas quando eu não achava que era o melhor cara pra ser CEO, eu falei, não quero que seja eu, tem que ser o Fábio, por exemplo, foi meu sócio, que é muito mais preparado que eu naquele momento. Ou, por exemplo, hoje, que eu sou co -CEO junto com o Tiago, na VOLTS. Cara, eu sei que eu sou muito bom em muitas coisas e que o Tiago é melhor que eu em várias outras. E a gente junto, sabendo ligar, já toma quatro anos como co -CEO. Se o ego fosse mais importante...

a gente já está brigando para ver quem... Não, um dia eu quero ser o seu... Não, eu quero que a empresa cresça. E para a empresa crescer, eu tenho que saber quem complementa as minhas vulnerabilidades, quem complementa as minhas fraquezas. Então, eu tenho ego, eu adoro ser reconhecido e valorizado, mas antes disso, eu adoro gerar impacto, eu adoro crescer. E se o ego ficar mais forte que isso, fodeu. Mas isso que você está comentando, foi uma coisa que sempre foi intrínseca de você ou isso teve uma evolução, uma mudança? Porque falando sobre mim...

Sylvestre Mergulhão(21:16.965)

Nos meus 20 e poucos anos, eu com certeza tinha o ego muito mais inflado do que hoje em dia. Então, com certeza nos meus 20 e poucos anos, eu era o que defendia, não, eu tenho que ser o CEO e não sei o quê. E hoje não é mais assim. Na verdade, eu sou o CEO porque, historicamente, trouxe a empresa até aqui. Mas, vislumbrando próximos passos, eu vislumbro outras pessoas que podem vir, eventualmente, até do mercado para se tornarem CEOs muito mais capacitadas do que eu por terem outras skills.

Então fala de você nesse sentido. Foi uma mudança, assim como foi pra mim? Porque pra mim foi, de fato, uma mudança? Ou sempre foi assim? Cara, eu acho que tem um pouco das duas coisas, né? Eu, desde muito cedo, como eu era um moleque que tinha que ocupar espaço, eu sempre... E eu venho, assim, até os meus 13, 14 anos, eu era muito tímido. O que você quer dizer com ocupar espaço? Vou chegar lá, assim, eu até os meus 13, 14 anos eu era muito tímido. Eu ainda sou muito tímido. É que eu aprendi a lidar com a minha timidez. Eu sou tímido, mas não sou introvertido.

Digamos assim. Até os 3, 14 anos eu praticamente não falava em público, eu tinha dificuldade de abordar alguém, né? Enfim. E chegou no momento que eu falei assim, cara, eu venho de uma família porra foda pra cacete, inteligente pra caramba, mas que não coloca o sucesso financeiro e profissional em primeiro lugar. Coloca o propósito, né? Coloca a educação. E eu falei, não, cara, vou me formar em engenharia, vou virar empreendedor e tal. Enfim. Eu falei, cara...

Eu preciso aparecer nesse mundo que ninguém me conhece. Eu era, cara, sem falsas humildades, né? Eu ganhei vários prêmios na escola de melhor aluno, né? De aluno de excelente performance acadêmico e tal. Quando eu fui pro mundo da faculdade, eu era mais um, cara. Era mais um. Eu estava numa escola... Passei por isso. É, uma escola da comunidade judaica onde, porra, do porteiro à diretora, todo mundo sabe teu nome, sabe o nome do teu pai, sabe o nome da tua mãe, sabe o nome do teu avô, sabe o dos teus irmãos, etc. Cara...

Eu era tratado ali como todo mundo conhece. Você sabe bem como é. Todo mundo me conhece quando eu chego. Hoje eu fui levar minha filha. Meu filho estava por volta de final de semana. Meu filho não acordou tão bem. Eu falei, vou levar primeiro ela, depois eu levo ele. Aí ele falou, cadê o Gabriel? O Gabriel está bem? Eu falei, não, não. Deu que eu trago ele. Aí eu fui para a faculdade naquele mundão. Fodeu, meu irmão. Ninguém sabe quem é o Daniel fofinho.

Sylvestre Mergulhão(23:33.837)

Então agora eu tenho que dar um jeito de ocupar o meu espaço. E ocupar o meu espaço, eu comecei a aprender aquilo que eu sou diferente dessa galera. Fui na turma especial da PUC. Eu era bom pra cacete de matemática. Até entrou na faculdade. Depois eu conheci os caras muito melhor que eu. Você entrevistou o Cristiano Porosta da bisquepto. O cara era 9 .8 de CR na PUC. Acho que o 0 .2 que ele perdeu foi matéria de humanas. Porque de matemática tirava 10 em tudo.

E eu era ali o aluno 9. Porque pra mim era bom pra caramba, mas eu não era o melhor. Ali naquele tema técnico, eu falei, cara, eu sou bom em articular pessoas, eu sou bom em comunicar, eu sou bom em vender ideias, eu sou bom em juntar grupos de pessoas diferentes pras coisas acontecer. E aí virei do centro acadêmico, aí comecei a criar grupos de trabalho, e aí organizava viagem, não sei o quê. Cara, quando eu vi, eu assumi uma posição de liderança ali dentro. Então, ocupar espaço é... No que que eu sou bom?

e no que eu posso fazer diferença aqui. Então, isso é um pouco desse resumo. Com o tempo, quando eu abri minha primeira empresa, a gente não tinha CEO. Eram uns três sócios e a gente meio que se articulava, se dividia para a coisa acontecer. E foi assim durante dez anos. Até o momento o investidor falou assim, não, espera aí, quem que manda nessa porra? Nós três, não, isso não funciona. Não funciona. Diz aí quem manda nisso, quem manda nisso. Aí foi o meu primeiro conflito. Eu falei, e agora?

Cara, de novo, eu fui para cá. No que eu sou bom? Eu sou bom nisso. Então, eu sou bom nisso. Cristiano, tu é bom nisso. Chicão, tu é bom nisso. Pô, deu certo. Mas nem sempre é tão fácil. Então, eu aprendi a lidar com... ocupar espaço, crescer. Agora eu já estou bem. Hoje, meu irmão, eu já atingi o Selfie 3. Eu já tenho uma carreira profissional consolidada. Eu tenho uma certa liberdade financeira. Eu faço muita... Claro que eu quero mais. Quero atingir muito mais.

Porque eu quero mudar mais vidas e eu quero impactar mais coisas. Um dos seus valores é a realização. Então eu não vou parar. Eu acho que ainda tenho... Cheguei na metade da vida agora pelo menos. Se Deus permitir eu viver que nem meus avós, cara, eu quero ainda fazer muita coisa. Então vamos chegar lá.

Boa.

E me conta um pouquinho, como é que você equilibra a necessidade de ser autêntico, de ser aquilo que você, efetivamente, gosta de ser e quer ser, com as expectativas que as pessoas têm de você, você estando num papel de liderança, na liderança que você ocupa. E aí eu posso falar um pouquinho sobre mim. Um dos meus valores é a transparência.

E principalmente em momentos de crise, se a gente for totalmente transparente com tudo, a gente corre o risco de desanimar as pessoas e as pessoas não mais acreditarem eventualmente naquele sonho que estava sendo criado em conjunto. E aí a gente sabe que mil coisas podem acontecer. Então...

Esse é o grande dilema. Como ser transparente e, ao mesmo tempo, conseguir imputar nas pessoas aquela energia que a gente precisa imputar, que as pessoas precisam estar energizadas, até para que a gente consiga ter uma virada de chave, uma virada de jogo, que vai fazer a empresa continuar se perpetuando, que vai fazer a gente crescer, e aí o nosso sentimento de realização, que também é um dos meus valores mais importantes, assim como o seu, acontecer. Fala um pouquinho. Para mim, isso é um dilema, eu não sei como é que é para você. Cara, eu acho que a gente tem autenticidade aqui,

Uma na figura do líder sobre ele, e a outra na figura do líder sobre o ambiente, sobre a situação, sobre os fatos. Então, falando primeiro sobre a transparência e a autenticidade como líder. Foi algo que me fez sofrer muito. Não sofrer de que eu estava mal, mas...

Sylvestre Mergulhão (01:33.198)

ser muito questionado e criticado, principalmente no início da minha carreira, porque você via aquele líder, né? Pelo menos a... Agora isso está mudando, né? Que agora está se valorizando essa coisa de vulnerabilidade e tal, mas na nossa época, digamos assim, se você me permite, cara, o líder era aquele cara infalível, né? Que está no pedestal e eu nunca fui assim. Eu sempre fui muito transparente, autêntico, enérgico, num sentido de com muita energia, brincalhão, informal.

Eu sempre levei isso muito para o ambiente de trabalho. E aí a gente passou por um processo, uma vez um processo de fusão, a Fero, uma empresa de educação que eu vendi para um grupo alemão, a gente teve vários momentos. Quando a gente começou, que era uma empresa de tecnologia, quando a gente juntou contra as duas, a gente virou uma empresa de educação corporativa, quando a gente juntou com o nosso maior concorrente, e aí dois anos depois vendeu. Cara, eu sempre fui a pessoa que não diferenciava quem estava na empresa.

do estagiário ao meu sócio, do conselheiro ao assistente, a pessoa da recepção e tal. Eu sempre tratei todo mundo com muita abertura e muita proximidade. Eu ia almoçar com a galera, viajar com a galera, sair à noite com a galera, ir no karaoke com a galera. E com o tempo, isso começou a ser muito questionado. Você abre demais, você se expõe demais, você fala... Cara...

A gente é um time aqui, né? Tudo bem, né? Não é família que essa porra é balela, mas a gente é um time. A gente é um time. Eu gosto das pessoas, eu espero que as pessoas, se não gostam de mim, pelo menos me conheçam. Então, eu fui durante um tempo, eu falei, não, cara. Como líder, como diretor, você tem que se afastar. Eu falei, cara, não sou eu. Você quer um diretor que se afasta, contrata outro. Por que não sou eu? Eu sou diretor que vai até o chão na festa de final de ano.

Eu sou desse também. Eu vou até o chão na festa final de ano. Eu não faço merda, não vou assediar ninguém, mas eu vou até o chão.

Sylvestre Mergulhão (03:31.63)

E se você achar que não dá para ir até o chão, você chama outra pessoa. Porque ao mesmo tempo que eu vou até o chão, eu abro e consigo mostrar para a galera o que é importante, quais são os valores, para onde a gente está indo, e aí vem o segundo ponto. O que é ser transparente e autêntico com relação a ambiência e aos fatos? Claro que você não vai chegar assim, se você for fazer um corte, você não vai chegar a duas semanas e falar, ó galera, daqui a duas semanas a gente vai ter que cortar isso aqui, cortar aqui. Não, você tem que preparar o ambiente, não esconder coisas,

a cada momento, tá?

A gente teve que fazer isso em alguns momentos da história, por um produto que foi descontinuado, por um projeto que terminou, por um cliente que saiu, enfim, é normal. É normal de uma vida da empresa você ter momentos melhores e piores. Mas dali você tem que buscar o que é importante para a empresa, para você e para as pessoas. Ó, cara, esse é um momento de mais ajustes, mas é um momento de muito foco. Ah, esse é um momento da gente inovar. Esse é um momento, cara, da gente respirar

silêncio porque se eu não acreditar que a gente vai ser capaz de fazer cara melhor também né pegar meu chapéu embora né então tem situações e situações então eu tô sempre eu já peguei meu chapéu já foi embora tá quando eu achei que não ia ter solução expliquei pra todo mundo contei contei que não era eu a pessoa para fazer aquela transição mas eu já trabalhei com impressão estava crescendo 15 anos

Uma empresa que teve que fazer três remodelagens, ajustes, em um ano só. Em todos os momentos, a gente passou, não vou dizer em columny, mas a gente passou bem por esse período. Então, eu sou muito autêntico comigo, sobre mim. E com a empresa, eu tenho que ser autêntico e transparente e saber a hora de disseminar uma certa informação, um certo fato, mas sem gerar falsas expectativas, sem mentir para segurar a onda da galera.

Sylvestre Mergulhão (05:27.856)

porque eu não concordo com essa falta de autenticidade. Legal, legal. E essa da autenticidade, para mim, é muito boa, porque eu sou um fã de carnaval. Eu adoro carnaval, vou para blocos de rua. E numa época mais presencial, antes da pandemia, a gente tem nosso escritório, o Escritório da Impulsa, lá na Glória, mas é um escritório sempre de convívio. Mas eu frequentava muito mais o escritório na época pré-pandemia do que eu frequento hoje em dia. E a gente tinha sempre as sextas-feiras de carnaval, e às sextas-feiras de carnaval eu sempre ia fantasiar.

toda vez que era sexta-feira de carnaval tava eu fantasiado e você falou de karaoke nossa sempre que vem o pessoal de fora do rio da impulsa eu levo o pessoal no karaoke que tem lá em botafogo que vem a bandinha que toca e isso é no big bang e o pessoal se amarra e pessoas que já saíram da empresa inclusive quando vem ao rio me fala vamos lá no karaoke pra cantar no karaoke de novo então criou memórias muito incríveis essa

Mais...

Por outro lado, eu também sou uma pessoa de falar muito direto ao ponto e tudo mais, e já fui muito criticado por isso, e hoje eu faço uma análise e tento fazer um balanço, mas não vale a pena eu tirar de mim essa conversa direto ao ponto, mas às vezes eu preciso ter um tato um pouquinho maior para falar sobre determinados assuntos, já fui bem criticado por isso. É, assim, porque as pessoas às vezes confundam o teu caso,

ao ponto, às vezes, que você é grosseiro, ou não dar as informações que aquela pessoa que está numa perspectiva diferente de você não tem. Porque assim, eu posso direto ao ponto, mas de uma maneira que o diretor entenda porque ele tem as informações transversais, mas que um gerente ou um coordenador não necessariamente vai entender porque ele só tem aquela... ele só está dominando muito melhor do que eu em profundidade, mas menos em horizontalidade. Então, eu falo muito...

Sylvestre Mergulhão (07:27.118)

Mas ao mesmo tempo eu tento ser assertivo e dar as informações necessárias para cada perspectiva com que eu estou conversando. Então, às vezes é direto ao ponto. Você não pode ser grosseiro e ao mesmo tempo você não pode ser escasso nesse sentido. É, exato. Uma das críticas engraçadas é, por exemplo, de uma planilha. A gente sempre usa muita planilha online já. E aí eu só fazia comentários assim, ó, esse número está errado.

e eu era interpretado como se eu estivesse sendo grosseiro. Mas na verdade, eu só dei uma informação, esse número está errado, revisa aqui, por favor. E isso causou várias situações. E aí é até engraçado, coisas que a gente foi aprendendo. Como a gente é uma empresa muito digital, o uso de memes e emojis se tornou supernatural. Então eu passei a adicionar os emojis também. Aí os emojis dão uma nova conotação para a mesma frase.

adicionar um emoji no final. É, mas eu fui pensando, esse meme tá... Esse número tá errado. Aí tu vai botar o que? O joinha? Mas sabe o que que é isso? Eu acho que isso tem um pouco a ver também com a nossa cultura brasileira, né? De achar que ser direto, objetivo, né? É sempre pessoal e não factual. Cara, se um número tá errado, o número tá errado. Se não sei o que, eu não gosto de você porque o número tá errado. Nossa, essa é excelente, né? Então o número tá errado, é o número. Eu tô falando do número. Minha crítica é o número.

que fez um número que errou, eventualmente porque errou, porque não tinha todas as informações, ou porque não prestou atenção e aí eu tenho que dar um feedback sobre sua atenção, ou porque fez com descaso, eu tenho que dar um feedback sobre seu descaso, ou porque você recebeu um número de errado de uma outra pessoa, aí eu tenho que dar um feedback para outra pessoa. Um número que está errado é um número errado, e apenas um número errado, e você tem que ver os motivos. E aí a questão das pessoas e dos fatos, que eu acho que o brasileiro confunde muito isso. Não que eu não seja brasileiro, eu sou brasileiro, mas sofri muito também, porque eu venho dessa

pegada mais assertiva, objetiva, franca, porque em algumas culturas você não tem muito tempo a perder.

Sylvestre Mergulhão (09:29.934)

nesse sentido. Exato, essa característica... Não gosto de falar também muito genericamente porque o mundo é muito mais diverso, mas realmente no Brasil essa questão especificamente de você falar sobre um fato e a pessoa achar que você está falando sobre ela é muito enraizada e de certa forma traz muito trabalho para a gente resolver, principalmente dentro das empresas. Falando um pouquinho sobre med skills.

de ambientes não corporativos, que vem normalmente de hobbies e coisas desse tipo, habilidades fora de série, médio de loucas, malucas, habilidades malucas. Quais são as habilidades malucas aí que você trouxe de eventuais hobbies ou da vida? Cara, eu tive a felicidade da minha primeira trajetória empreendedora ser na área de educação. E aí na área de educação eu devo ter atendido mais de 200 empresas nos 15 anos que a gente teve uma empresa de educação.

até a fabricação de biscoito, desde modelos financeiros de bancos até estratégia de vendas de refrigerante na ponta, no trademark. E, cara, isso me deu uma visão do mundo que eu acho que é bem bacana, porque eu venho, como eu falei, eu vinha dessa visão de aprendizado como vida, vida como aprendizado, aprendizado como vida.

Trabalhei com educação, olhando várias empresas, tendo que treinar desde o vendedor de um kiosque de telefonia até, sei lá, um repositor de caminhão. Ou trabalhar uma educação que vai salvar a vida da pessoa, treinamento de saúde e segurança e tal. E aí, num determinado momento, eu tive para mim que, cara, quanto mais eu pudesse desenvolver repertório...

melhor seria. Então, eu falei, eu botei... Eu vi uma vez uma palestra do Carlos Alberto Júlio falando sobre uma reunião que ele teve com Peter Drucker. E ele falou que Peter Drucker admirava muito o conhecimento diverso que Peter Drucker tinha. E aí, ele falou que o Peter Drucker virou para ele, quando ele elogiou esse conhecimento diverso. E ele falou,

Sylvestre Mergulhão (11:50.832)

com 96, sei lá quantos anos, que a cada cinco anos eu ia aprender uma coisa diferente na vida. E aí eu ia lá, pô, ia nas bibliotecas e o Carlos Abel Tulliver falou, cara, gostei. Poxa, quem dera eu tivesse sabido disso quando eu era jovem, né? Agora eu tô com quase 50 anos e tal, pra mim é jovem pra caramba, 50 anos, mas não foi 18 anos, como eu falei, pô, se eu fizer agora a cada cinco anos aprender uma coisa nova, pô, sei lá, quando eu tiver 90, eu vou ter aprendido mais.

mais, sei lá, oito temas diferentes, né, que pode ser de vinho à filosofia, de gastronomia a teatro, sei lá. Aí o que o Peter Drake virou para ele foi assim, cara, na minha época eu não tinha...

e comércio de livro, eu não tinha, nem sei se eu citei esse exemplo, mas vou trazer pra hoje, eu não tinha YouTube com conteúdo pra caramba, né? Por que você não aprende dois temas a cada dois anos? Você pega dois temas e faz durante dois anos. E eu coloquei isso pra mim. Eu falei, eu vou aprender temas novos todo ano. Então assim...

Lembrem-me, eu sou formado em engenharia, tenho mestrado em ciência da computação, especialização em gestão do conhecimento, inteligência organizacional, mas eu tenho formação em psicologia positiva, eu tenho formação em chef de cozinha, eu fiz curso de surf, eu já fiz três peças de teatro, eu já fiz um filme, eu já sei lá, eu já fiz certificação em futurismo, eu fiz uma porrada de coisa. Eu fiz uma porrada de coisa. Já achei louco. É, não. É meds que os real. Mas sabe o que é legal?

Quando eu estava na empresa de educação, eu pegava essas ideias e eu transformava em produtos. Então uma vez uma grande empresa de telefonia chegou pra mim e falou ó Daniel, a gente trouxe um modelo de competências novos, tá? Você tem aqui esse modelo de valores, eles tinham um modelo de competência, a gente vai mudar a nossa avaliação de desempenho pra esse modelo de competência. O que você pode fazer? Aí eu olhei aquela parada ali, cara, eu falei... Porra, tô vendo nessas competências o que eu aprendi na minha formação de chef de cozinha.

Sylvestre Mergulhão (13:57.23)

Eu vou levar essa galera pra cozinhar. E aí, dali, eu vou perguntar pra eles quais foram as competências que eles usaram. Cara, aí, óbvio, juntei uma equipe, né? E aí, a gente pegou uma cozinha industrial, eram 40 líderes nessa empresa. Botamos todo mundo pra organizar.

à noite, tanto do ponto de vista de mesa, talheres, louça, definir os ingredientes, separar os ingredientes, fazer uma exemplácia, que é separar as porções, cozinhar, servir, preparar a sobremesa e depois organizar tudo. E aí, sempre assim, cara, aqui vai ser essa competência de, sei lá, trabalho em equipe, servir aos outros, liderança, etc. Cara, perguntei de boa.

as oito competências saíram exatamente naquela lista. Se eu não tivesse ido fazer o curso de... E aí eu vou te falar, eu fui para um congresso nos Estados Unidos, e eu peguei a data do congresso, entrei no site da CIA, Clean Air Institute of America, não o Central de Inteligência, e fui lá, pô, uma semana de cozinha asiática. Se eu não tivesse feito isso, eu não ia ter essa sacada.

Mesma coisa, eu já levei teatro, porque eu fiz também. Me conta sobre teatro. Teatro é uma coisa que eu pessoalmente tenho muito interesse em fazer. Quando eu tinha meus vinte e poucos anos, eu fiz uma palestra que era uma peça de teatro. Juntou eu e um amigo meu, e a gente falava sobre TDD, TDD da programação, Test Driven Development. E a gente encenou uma peça, só que era uma brincadeira. Eu não tinha nenhuma experiência de teatro, ele também não, mas a gente inventou as falas,

45 minutos numa peça de teatro em cima do palco, sem fazer nada técnico, era puramente a encenação que a gente tinha treinado e escrito nós mesmos. E a gente rodou o Brasil, cara. A gente deu essa palestra sei lá, umas 20 vezes. Quando a gente contou assim a quantidade de vezes que a gente fez, a gente calculou mais ou menos o público, a gente falou caraca, rapaz do céu. Sei lá, na época, eu sei lá, mas duas mil pessoas viram isso aqui. Que loucura, cara. E eu tenho muita curiosidade mesmo de um dia

Sylvestre Mergulhão (16:00.656)

não profissionalmente, mas com o interesse de ter uma formação adicional. Não, legal, então. Aí te contando essa história, né? É... Eu sempre tive essa questão da evolução, do aprendizado...

e muita energia. Então, quando eu ficava trabalhando só com uma coisa, eu precisava ter minhas válvulas de escape. Então, num determinado momento, quando eu era moleque, eu falava muito a minha mãe, eu queria fazer tablado, que é a escola de... A tablada é o superfamosão. É, superfamosão. E a minha mãe falava assim, mas é difícil, porque você tem que ter alguém para te indicar e tal. Cara, quando eu ganhei algum dinheiro, conheci pessoas e tal, já estava lá com os meus 30 anos, eu falei, agora eu vou fazer tablado. Aí eu fui fazer, fiz um ano de tablado, fiz até aula com o Caruz e com a Daniel Campo,

de improvisação. E a improvisação, quem está de fora pensa que a improvisação é... porra, tu é rápido, né? Tu pensa rápido. Mas tem um monte de técnica por trás. Técnica de você deixar uma pergunta aberta, sempre responder com outra pergunta e tal. E eu fiz esse ano inteiro. E aí, na mesma situação, uma empresa de petróleo me chamou, chamou a minha empresa na época, para fazer um...

um treinamento para a galera, era um team building, e também falar sobre saúde e segurança. Cara, eu não pensei duas vezes, levei o improviso para dentro da sala, fizemos um programa onde eles aprendiam técnica de improviso e no final eles tinham que fazer um show, um show musical.

Eu contratei um músico, um cara que sabia, tinha um repertório bem grande, guitarrista e tal, e eu falei, ó, tu vai ficar aqui, eles vão te dizer qual é a música que eles querem que você toque, eles vão ter que escrever uma nova versão dessa música, mas que tem a ver com os temas que a gente falou aqui. Cara, a gente fez um show, foi um show, sete bandas, sete bandas, no caso, ele tocando, e foi apresentado para a empresa. Então foi assim, de novo, o teatro, cara, quando a gente, a gente que é de área técnica,

Sylvestre Mergulhão (17:56.72)

Compiladores, bancos de dados e tal. Eu acho que o sistema educacional, ele tira essa parte humana. E aí a gente chega numa empresa e vê que, cara... Humano é 99%. É, eu ia falar 70, 80, mas beleza, é 99%. São os humanos, cara. É com os humanos, sem os humanos, né? Não, apesar dos humanos. Sem os humanos acho que não tem, não. Só exagerei, para a frase ficar bonitinha. Mas...

E aí eu fui, fui aprender teatro, depois fui chamado para fazer uma peça sobre comédia corporativa, que a gente também rodou o Brasil, fizemos, acho que sei lá, fizemos dezenas de apresentações também. Depois eu fui fazer um outro drama, que era um drama psicológico, entrei como assistente de direção e quase que...

Minhas falas eram muito pequenas, mas eu era quase parte do cenário, mas foi muito bacana ver profissionais fazendo aquilo. Então, aprendi muita coisa que no mundo corporativo eu não tinha visto ainda. Do ensaio, da conexão entre as pessoas, do não falar o que não precisa ser dito, falar o que precisa ser dito. Então, do saber, entender o público, a posição do público. Cara...

Mad skills, competências diferentes da tua competência técnica, são essenciais para você ter repertório. E hoje, cara, só sobrevive quem tem repertório e sabe adaptar esse repertório para as necessidades diferentes que aparecem. Porque não é mais só com conhecimento técnico, porque essa parada que a gente aprendeu há alguns anos atrás já está ultrapassada. Na verdade, nunca foi só sobre conhecimento técnico. É que, por algum motivo, a gente teve essa ilusão.

Mas a velocidade também era relevante nesse sentido. A velocidade era grande, mas não era tão grande. Agora, eu brinco que a gente vivia numa aceleração constante. Agora, aceleração, nem aceleração é mais constante nesse sentido.

Sylvestre Mergulhão (19:50.862)

Deu pau aí? O cara foi macho, tinha desligado o EQ, então o auto começou a tocar.

Sylvestre Mergulhão (20:04.718)

Acabou? Não, deu algum pau aqui na TV.

Sylvestre Mergulhão (20:11.438)

Porra, muito bom esses med skills, cara. Eu adoro. Teria mais, cara. Aprendi a surfar, pô. Aprendi a piscina, deu uma porrada. Mas eu também não vou ficar falando de todas elas, porque senão fudeu a gente na cara.

Sylvestre Mergulhão (20:35.054)

Está gravando? Podemos voltar?

Sylvestre Mergulhão (20:43.054)

Cara, sensacional os seus med skills!

ganhei algum repertório aqui hoje, porque essa do teatro, para mim, especialmente, é muito importante. Primeiro, por eu já ter feito isso no passado de forma completamente amadora e informal e ter interesse, então é muito legal conhecer esse tipo de experiência. Enfim, já que a gente está falando de mad skills e de coisas totalmente fora da caixa, fala sobre coisas que você fez pela primeira vez. Você é uma dessas pessoas que gosta de fazer

pela primeira vez, como um dos seus valores é a evolução e você já contou um pouco dessa trajetória, me parece que sim. Mas você é uma coisa, você faz isso propositalmente ou você faz isso sem querer? Cara, eu faço muito propositalmente, não é só propositalmente não. É porque eu faço sem querer, sabe? Existe quase uma cobrança social, quando já virou até meme nas redes sociais, né? Quando que você fez, quando foi a última vez que você fez uma coisa pela primeira vez, né? E...

e eu nunca me cobrei disso, mas eu sempre olho para trás e falo aí, mês passado. Ih, semana passada eu fiz isso aqui, nunca tinha feito. Então nunca foi uma coisa que eu fiquei preocupado, porque sempre que olho para trás eu falo fiz isso aqui novo pela primeira vez. É, mas eu acho que de alguma maneira você faz despreocupado porque já é uma característica sua. Assim como minha também. Eu posso dizer que eu faço mais ou menos consciente, mas já faz parte do meu arcabouço, digamos assim, da minha essência.

Por exemplo, quando eu vou viajar, eu não olho só os roteiros tradicionais daquela cidade, eu gosto de tirar um, dois dias para uma cidade que eu totalmente desconheço e andar de maneira sem rumo, porque eu já descobri cada coisa em cidades que eu estou visitando. Como por exemplo uma livraria que ninguém nunca falou, um boteco que ninguém nunca falou, uma comida que eu nunca tinha visto, que eu nunca tinha experimentado, música.

Sylvestre Mergulhão (22:41.23)

um adepto de qualquer fã clube, se você me fala assim cara, qual é a tua banda ferida, eu quanto eu to ferido eu não tenho um ou outro, mas eu sempre pego assim pego o Spotify e eu seleciono músicas que eu nunca ouvi, as vezes eu confundo de propósito as plataformas de streaming pra não ficar sempre me oferecendo coisas parecidas, então eu peço pro meu filho aleatoriamente selecionar algumas coisas né, minha filha escolher as músicas que ela gosta, por quê? Porque se ficar só assim po, você deve gostar disso, você fala cacete, tu não entendeu ainda sobre mim, né eu não quero só porque eu gostei dessa música

eu quero ver uma coisa muito diferente, porque eu acho que isso ativa certas conexões cerebrais que me...

tornaram e tornam quem eu sou e quem eu quero ser. Então, experimentar comidas novas, ouvir músicas novas, ver filmes de pessoas ou atores ou diretores que eu nunca vi, de países que eu nunca vi. Às vezes eu pego lá Netflix e falo assim, cara, o que que é estar em voga no cinema polonês? Porra, no cinema sueco, no iraniano, sabe? No israelense. Eu vou lá e olho porque eu quero ver estéticas diferentes, linguagens diferentes, pessoas diferentes,

diferentes. Isso para mim é fundamental. Então, eu leio livros...

Cara, de ficção a não ficção também... Vamos falar sobre isso, falar sobre os livros. É, histórias... Eu gosto de perguntar. Histórias vividas ou histórias inventadas? Cara, acho que, na verdade, toda história é inventada, mesmo as que você vive. Porque você sempre vê da sua perspectiva. Se eu e você estivermos juntos viajando, ou que seja o bloco de carnaval que você foi... Cara, eu vou viver a história da minha ótica, você vai ver a história da sua ótica. Então, ela é como eu conto a história para mim mesmo.

Sylvestre Mergulhão (24:23.088)

Às vezes você vê assim, cara, sei lá, tem uma lata no chão, e aí, cara, você vai ver aquela lata no chão, ela pode ser... Um número errado é um número errado, mas uma lata no chão tem uma história. Por exemplo. Como aquela lata foi parada... Não que eu fique devagando e tal, mas como aquela lata foi parada, como ela vai por uma pessoa que passa, sorria, e você brinca, zoa, conversa, você acaba vivendo histórias que... Não tem aquela coisa que existe a minha verdade, a sua verdade, a verdade dos fatos? Não existe a dos fatos.

a gente conta pra gente mesmo, das nossas perspectivas, e que tem a ver com eu ter feito teatro, ter lido no outro livro, ter lido não sei o que, e você ter feito uma outra coisa. Então a gente vê o mundo pelos nossos filtros. E mesmo quando a gente conta a nossa história pelo nosso filtro, a outra pessoa interpreta pelo filtro dela. Exatamente. Então já se torna uma outra história também. Então mesmo a minha história contada, ela é contada por você, pra você, diferente do que eu contei pra você. Mas isso eu não estou dizendo... Eu não sei qual era o objetivo da pergunta, se você gosta de inventar histórias ou de viver histórias.

que eu gosto de viver histórias, muitas até, e para mim, assim, uma, se você me perguntar qual é a tua grande frustração da vida? Eu não poder viver várias histórias que eu gostaria, né? Pô, carreira, você escolhe uma. Porra, eu, eu, quando eu saí da minha, quando eu vendi a minha empresa, eu, eu falei assim, cara, eu até posso fazer o que eu, que eu falei, né? Porque eu tinha uma certa liberdade financeira por ter vendido a empresa.

Eu quero trabalhar um mês em funções diferentes. Eu quero trabalhar numa cozinha. Eu quero virar motorista de Uber. Eu quero poder trabalhar, sei lá, numa... Quero ser...

ajudante de um médico. Eu quero viver coisas diferentes, mas acabou que em três semanas a gente acabou abrindo uma outra empresa. Não conseguiu, né? Não deu tempo. Essa é a minha maior frustração, você perguntar. Já ouvi essas histórias várias vezes. Não deu tempo conseguir abrir uma empresa antes disso. Não é curar o câncer, não é salvar a paz no mundo, é não poder viver todas as histórias que mereceriam ser vividas. Não temos tempo suficiente, infelizmente. Fala de livro, não sei se você leu aquele Biblioteca da Meia-Noite. Não, não leio. Matt High, eu acho, o nome do cara.

Sylvestre Mergulhão (26:33.968)

é sobre uma menina, sem dar spoiler, que ela vive uma vida...

mediana, medíocre, simples e tal, a palavra sem julgamento de valor, e ela começa a pensar se ela tivesse feito outras coisas, e aí o livro se enrola em cima dessa temática. E é isso que eu sinto, quando eu li o livro, eu falei, carai, mas olha isso aqui, cara. É isso que eu sinto, sabe? Essa ânsia de viver coisas diferentes, histórias diferentes, que tem a ver com a outra pergunta que tu fez. Mas é que também a gente pode entrar numa divagação muito grande, né?

Sylvestre Mergulhão (27:08.784)

pra gente, se a gente também fica se cobrando muito. Se eu tivesse feito diferente, né? E a gente sabe que o passado não dá pra mudar. Não me arrependo de nada que eu fiz, mas eu fico sentindo aquela... Porra, se eu tivesse vivido isso também. O problema é o meu também, não é? Você não quer abrir mão do que eu vivi e ter voltado um tempo a fazer. Mas é um também que a gente não vai ter essa oportunidade, pelo menos não nessa vida, né? Mesmo assim, bom, você também já teve a oportunidade de fazer uma gama de coisas bastante grande, né?

Não tiremos esses méritos, né? E fala de outros livros. Legal, então vou dividir aqui, cara. Tem alguns autores que eu gosto pra cacete, que eu acho que valem a pena ser lidos. Um cara que, porra, me impressionei muito foi o Adam Grant, né? Que eu já senti um dos livros dele que eu dava e recebia. Mas tem o Pensa de Novo, né? Tem os originais, que são livros dele que vale muito pra você olhar o mundo com um olhar menos restritivo, mas a ver com o que eu penso.

Mas as antigas, porra, você falou histórias vividas ou contadas, pra mim, um dos melhores contadores de histórias é um cara que sabe fazer conexões entre coisas que, porra, isso aqui é conectado, é, ele consegue fazer. É... Efeito borboleta, né? É meio isso, né? Ele conecta... Sei lá, ele conecta fatos que parecem ser distintos naquele modelo Freakonomics, né? Então, eu gosto muito de economia comportamental, então tudo que tem a ver um pouco com isso, né? Dan e El, eu gosto muito.

que escreveu previsivamente irracional, entender um pouco porque a gente toma decisões.

Ben Horowitz, que é uma pegada menos diferente, mas importante para quem é empreendedor, entender por que você tem que tomar certas decisões difíceis em diversos momentos. E ficção, cara. Eu leio tudo. Desde coisas que chegam para os meus filhos, que eu faço algumas assinaturas de livro, de revista e tal. Cara, livro infantil eu leio. Capitão Cueca eu já li. Diário de um banana eu já li. Sabe, até Colin Hoover que escreve e fala o que você quer. Queridinha da literatura feminina, eu leio.

Sylvestre Mergulhão (29:15.728)

eu quero entender de formas diferentes. Então, eu sou um leitor muito voraz. Agora eu estou lendo e relendo o essencialismo de novo, porque para mim foi importante nessa fase da vida da empresa. O essencialismo é aquele do... Do Greg... É que na capa tem um...

É bom, é bom. É aquele que tem a capa, vem uma foazinha assim, e aí você pode ver uma setinha. Tem esse, tem o... Faça Simples? Nem sei se é Faça Simples. São os dois livros dele que são conectados. Mas é uma coisa, né? Que eu li, eu falei, cacete, eu não sou essencialista, eu sou exatamente aquele cara que quer viver tudo. Mas eu posso juntar essa de querer viver diferentes experiências e olhar o essencial de cada uma delas, de repente, e focar, saber focar, porque é um desafio que

40 anos me exige. Eu aprendi muito a fazer isso. Agora vamos para um momento.

Questão potencialmente canceladora. Vamos lá. Você pode compartilhar conosco opiniões potencialmente canceladoras, né? Vamos falar um pouquinho sobre elas. Lembrando que a gente tem tempo suficiente para discorrer e você mostrar e demonstrar o seu ponto de vista. Cara, eu nunca tive medo de ser cancelado, né? Então, graças a Deus, eu nunca fui. Quer dizer, já fui, mas não fui de uma... Como eu não era essencialmente famoso,

menores, mas é assim, tem desde o mundo corporativo até opiniões mais pessoais. Do ponto de vista corporativo, eu brinco, mas falo sério, né, que a gente tá vivendo essa tal dessa epidemia de propósito, todo mundo fala assim, ah, porra, tem que ter um porquê, tem que ter um porquê inspirador e eu falo, porque é o cacete, tem que ter um porquê, inspirador é o cacete, isso é papo.

Sylvestre Mergulhão (31:09.134)

Pra mim, o que deu certo na minha vida inteira não foi o porquê, foram os quem's. Nada é melhor que trabalhar junto com gente foda, junto com gente que nutre os mesmos valores, junto com gente que vai compartilhar contigo sonhos, mesmo que a pessoa seja mais não, né? Principalmente se a pessoa for muito diferente de você, mas tem os mesmos valores. Cara, tem um repertório muito diferente de você, uma história muito diferente de você, crenças até, diferentes de você, mas ao mesmo tempo entende que realização é importante, que evolução é importante, que transparência é importante.

Não dá pra você trabalhar com alguém muito diferente de você com um valor diferente. É alguém muito diferente de você com os mesmos valores. Então não é o porquê, são os quem? E a pior coisa é trabalhar com babaca. E eu espero que eu... Defina o babaca. Então, eu devo ter sido babaca muitas vezes na minha vida. Devo. Normal. Todos nós somos o vilão da história da game. É, porque quando você vira líder, você tem que tomar decisões impopulares. Tem, você tem que tomar, você toma, e se você não tomar, você vai ser outro tipo de babaca. Porque você vai deixar a tua covardia...

destruir o futuro de muitas pessoas. E eu já fui covarde nesse sentido. Eu já tive covardia para demitir alguém que eu precisava demitir, ou eu tentei tomar uma decisão apaziguadora, quando na verdade não era uma apaziguadora, era binária. Ou é isso ou é aquilo, não é algo no meio do caminho, porque o meio do caminho não serve para ninguém. Então, o babaca, assim, eu discuto muito.

As pessoas muitas vezes viram pra mim e falam assim, como é que você tem paciência pra ficar discutindo desse assunto e tal? Porque aquele assunto pra mim é importante. Não é porque eu quero discutir por discutir, aquele assunto é importante. Aquele valor pra mim é importante. Às vezes eu posso gastar uma hora discutindo algo porque eu sei que aquela uma hora que eu vou discutir aquilo vai ter seu preço pago no futuro. Então...

Não vou saber definir o que é um babaca assim, né? Nesse sentido, mas quando eu trabalho com pessoas que estão compartilhando sonhos, que estão nutriendo os mesmos valores, que são diferentes de mim porque a gente se completa, ou a gente se soma, não necessariamente se completa, mas a gente se soma, eu acho que qualquer porquê está valendo.

Sylvestre Mergulhão (33:12.686)

A pessoa fala assim, quem tem um porquê encontra um como. Meu irmão, quem tem uns quem encontram o porquê e o como. Porque das três grandes experiências empreendedoras que eu tive na vida, a gente mudou no meio do caminho.

Mas só que quando tinha ao lado pessoas que eu confiava e confiavam em mim, porque não é só você confiar, a pessoa não confiava em você. Quando essa confiança quebrou de um dos lados, a gente falou, pocah, vai cada um para um lado e tudo bem. Eu continuo sendo seu amigo, mas não dá para a gente trabalhar junto. Tá? Então, para mim, os quens são importantes para caramba. Tá? Não sei se você quer outras. Ah, você tem outras? Não, você vai ter uma porrada. Se você quiser, pega mais uma. Eu acho assim também. Eu sempre fui um cara com uma cabeça...

politicamente falando, eu acho muito importante liberdade econômica, acho muito importante essa questão de o Estado intervir pouco.

O menos possível. Eu não sou estado mínimo. Para mim, é estado suficiente. Sufficient por quê? Porque tem justiça para caralho também. Na cultura judaica, você não tem a palavra caridade. Você tem a palavra justiça. Então, quando você diz assim... Já ouvi falar sobre isso. Você vai fazer uma tzeda-ká, tipo... Tzeda-ká, as pessoas traduzem para caridade, mas caridade, justiça. Porra, eu ganhei mais, eu tive mais oportunidades. Ou mesmo que eu tenha aproveitado as mesmas oportunidades que você não aproveitou. Cara...

Uma parte eu tenho que fazer como justiça. Eu tenho que retornar, tenho que give back. Tem uma coisa de ticunolá, que é ajudar a consertar o mundo com aquilo que você conseguiu alcançar.

Sylvestre Mergulhão (34:50.542)

Eu sempre tive, do ponto de vista econômico, uma visão mais liberal e, do ponto de vista de costumes, uma visão mais progressista. E eu acabo sendo aquele bicho que ninguém gosta, porque os conservadores acham... me chamam de comunista, os comunistas me chamam de fascista e eu me fodo, porque não me chamam para beber. Então, eu falo, me chama para beber, cara. É só o objetivo, vamos beber. Vamos beber, vamos beber. Então, assim, eu sempre tenho uma opinião canceladora para alguns dos lados, do tipo...

Não, com certeza a gente tem que ter cota. Eu sou a favor de cota, mas porra, tu não é liberal? Sou também. O liberal defende renda mínima. Por quê? Porque as pessoas têm direito de fazerem pouco.

Mas a gente não tem direito também, não só direito, às vezes é o contexto, a pessoa não teve oportunidade, teve uma doença na família, não teve acesso a estudo, que eu tive, cara, eu tive problemas, mas tive privilégios pra caramba, eu tenho que reconhecer esses privilégios que eu tive, aproveitei, aproveitei, mas, cara...

Quando eu falo isso, eu me fodo com todo mundo. Eu me fodo com todo mundo. Meritocracia é o caralho, tá? Meritocracia vazia não existe. Não existe, é de fato. Meritocracia só existe quando as pessoas têm equidade, nem igualdade. Equidade de oportunidades ou equidade de direitos. Porque para você ter equidade de oportunidade de direitos, às vezes o direito tem que ser diferente também. Então, a gente fala muito, a gente é empreendedor, sou empreendedor a vida inteira empreendedor.

aqui por conta própria. Eu falei até brincando que ia fazer uma tatuagem, né? Que tem as pessoas que tem aquela tatuagem assim, nunca foi sorte, sempre foi Deus. Sempre foi Deus, sempre foi trabalho, né? É, eu falei assim, cara, nunca foi sorte, sempre fui eu. Porra nenhuma. Não, nunca ninguém construiu nada sozinho, né? Eu tive sorte de poder me juntar com pessoas que eram melhores que eu em outras coisas, de ter conhecido um mentor, um guru, uma mentora num momento importante, de ter chegado num dia bom pra uma cliente que fechou um grande projeto comigo.

Sylvestre Mergulhão (36:52.496)

Mas eu podia ter me fudido. Tudo sempre podia ser muito diferente do que foi, mas enfim, no final das contas, as coisas são o que são, né? É, são o que são. É, mas cara, sensacional. Potencialmente cancelador.

E vamos lá, chegando aqui nos finalmente, quem que você acha brilhante que poderia estar aqui com a gente falando sobre esse tipo de assunto? Cara, eu conheço muita gente brilhante. Fala duas, duas que você conhece. Vamos começar a falar. Cara, tem um cara que eu conheci, acho que uns dois anos atrás, me parece que eu conheço ele há muito tempo, que é o Ricardo Euromel. Ele é um cara que escreveu um livro sobre China, que é sensacional. Ele viveu na China, desbravou o mundo da China. É um cara que merece ser ouvido.

Ele foi empreendedor na vida. Ele não é empreendedor de ter uma empresa, ele trabalha num grande fundo hoje, mas é um cara que conhece muito de mundo, tem uma visão assim, cara, e uma figura humana também sensacional. Eu não sei como é que você está de empreendedor às mulheres, mas... Adoraria. Tem uma que... Que eu sou até investidor na empresa, que é a Maria Flávia, da Mobis, que eu acho que ela tem uma visão de quem... A gente que veio a vida inteira de empreendedor, e abriu uma, duas, três empresas,

Tem aquele vício do empreendedor. Ela trabalhou até na Afero, lá com a gente. Era designer instrucionado, depois virou consultor e tal. E cara...

Depois de um tempo, foi cantora, ela tem as meds kills pra cacete. Ela é sócia do Fábio Barcelos, que foi meu sócio também. E abriram a Mobish, lançaram a Mobish no meio da pandemia, cara. Tipo, uma empresa que depende de... Media of home. É, media of home no teto de Uber, táxi e tal, pra ser uma oportunidade de renda extra pros motoristas. E pum, veio a pandemia, falei, cara, fudeu, vamos ferrar.

Sylvestre Mergulhão (38:47.28)

sobreviver e agora estão crescendo pra caramba. Então são... E o terceiro, só pra citar o terceiro, um cara também que tá construindo no mundo de lotex, tecnologia num setor altamente

digamos assim, conservador. Conservador e regulado. Tradicional, regulado, né? Que são tecnologias para a área jurídica, para o direito, que é o Bruno Fegelson, que é uma figura assim que também... Cara, se você me acha acelerado, ele é três vezes o que eu sou. É um cara que hoje deve ter investido mais de 40 alotex, legal tax, web3, enfim. Acho que é um cara que vale a pena também fazer. Muito obrigado pelas indicações. A gente vai procurar vocês, então, cuidado. A gente já chega lá. Quanta aí, seu Jabá? Fala um pouquinho da Vultes e do que você se pega. Cara, a Vultes...

Eu sei que você passou um link falando sobre mim, mas basicamente eu sou um cara apaixonado pela educação. Sempre fui, nunca escondi. Até pela minha própria história, como eu citei. Então a minha primeira empresa foi de tecnologia para educação, porque eu era engenheiro, e investi. A empresa cresceu, virou líder no mercado, o cara obviamente não atribuou a mim, falou que mereceu o caralho, mas eu tive oportunidade de...

cruzar o caminho de muita gente importante. Naquela época eu tinha aquele conceito de que é importante estar no fluxo dos acontecimentos. Então a Fero cresceu, virou líder na área de educação corporativa, vendemos para um grupo alemão. E aí eu estava naquele momento, em 2015, 2016, estava nascendo meu segundo filho, Gabriel, e porra, vendi a empresa e fiquei...

Logo depois de sair, fiquei desempregado. Falei, vou fazer um sabático, agora vou desenvolver o repertório pra caramba. Gabriel tinha três meses, eu comecei a aprender a surfar, minha esposa ligando, cadê tu? Eu falei, peraí, que eu estou voltando. Eu voltava. E aí eu acabei abandonando o surf por causa disso. E abri minha segunda empresa, que foi a BISCAPITAL, com o Cristiano, com o Francisco, investido pela MONAX, que chamou a gente pra ser empreendedor residente. Então foi ali que eu entrei em contato com as Fintechs.

Sylvestre Mergulhão (40:43.054)

Por quê? Porque eu vinha de educação, vendia empresa de educação, saí da empresa de educação, não podia mais trabalhar na educação por um período. E aí eu falei, caraca, o que eu vou fazer agora? Como eu sabia lidar com empresa, eu falei, transformar as pessoas pela educação é um puta de um porquê, né?

Você é inconsistente agora. É um propósito bacana. Estamos aqui também para falar de coisas contraditórias. É, mas assim, aí eu falei, cara, pô, eu não vou encontrar um outro propósito tão bacana quanto transformar as pessoas pela educação. Só que a gente foi ver, cara, para transformar as pessoas pela educação, para investir, para fazer pequenos negócios crescerem...

Cara, você tem que ter dinheiro. E aí, na Fera, a gente atendia as 500 maiores empresas do Brasil. E eu brincava que a Biscapital era para ajudar o acesso a crédito para as 500 mil menores empresas do Brasil. Ou mais, cinco milhões, acho que fosse. Mas... E aí, a gente começou a ser a Fintech. Cara, foi muito bacana, foi uma jornada muito legal. Só que eu sofri muito. Eu sofri muito porque...

Eu vinha de uma empresa que era... O que você está precisando? Eu estou precisando aqui treinar 60 mil vendedores de celular. Porra, vamos fazer. O que você está precisando? Preciso treinar 20 mil pessoas no Saúde e Segurança para trabalhar numa mina de minério de ferro. Porra, vamos fazer. Aí vou para uma empresa que era monoproduto. Um produto. Eu tinha que trabalhar naquele produto, olhar todo dia o funil daquele produto e tal. Aí eu estava numa fase da minha vida que eu estava querendo... Porra, eu vinha... Vou desenvolver repertório.

De frente a um dashboard. Escort de crédito. Olha... Negado, negado, negado, negado, negado, aprovado. Ah, não, mas depois foi negado. Cara, de cada 100 pedidos, a gente acabava reprovando muitos, né? Porque a empresa estava com o nome sujo, não tinha acesso e tal. Mas no final, a gente emprestava para algumas empresas. Mas aquilo foi me fazendo sofrer.

Sylvestre Mergulhão (42:31.662)

E aí nesse período eu fui chamado para ser vice-presidente do Flamengo, de marketing. Foi quando eu tive... Mas você se mete em umas coisas loucas também, né? Não, mas naquela época eu estava assim... Eu estava 100% na BIS. E eu falando assim, cara, eu vou surtar se eu ficar só olhando o dashboard de aprovação de crédito. Preciso voltar a fazer aquelas coisas que eu amo, né? Mesmo que seja hobby, com as med skills serem desenvolvidas, eu poder contar depois lá no mergulhão. Cara...

E aí veio o Flamengo que estava querendo uma transformação digital, uma transformação na área de marketing. E, porra, eu sou rubro negro, né? Eu falei, cara, é legal, eu quero ajudar, porque eu vou ficar aqui na bisquepto no dia a dia e vou cuidar de uma outra coisa muito diferente, para desanuviar, cara, gerar energia, gerar repertório. Beleza.

Fiquei três anos nessa, e aí acabou que isso gerou um certo conflito. São meus amigos, adoro os caras, acho que eles estão fazendo um trabalho sensacional. Mas o meu momento ali no terceiro para o quarto ano, fui para o conselho, depois eu até acabei saindo do conselho e continuei sócio, sou sócio até hoje. E aí eu voltei para a educação.

Só que eu voltei pra educação seis meses antes da pandemia. E a empresa que eu assumia fazia muito conteúdo pra área de saúde. E aí, cara, porra, em março de 2020, os projetos começaram a cair, cair, cair, cair. E eu fui chamado pelo grupo Energiza a trabalhar na transformação digital dos serviços financeiros do grupo. Lançar Fintech.

de uma empresa de energia elétrica. Eu falei, mas que porra é essa? No início era uma conta digital para os clientes de energia elétrica. Mas a gente puxou o fio, né?

Sylvestre Mergulhão (44:05.55)

É uma metáfora. Quando você cavou mais fundo, né? Quando você cavou mais fundo. E tal. E a gente viu e falou, cara, pode... Eu posso desenvolver aqui, junto com o time que a gente montou, produtos de crédito para os consumidores de energia, produtos de crédito para os fornecedores. Eu juntei o que eu tinha aprendido com a biscapital, e no mundo de fintech, que acabou que eu estava bebendo muito naquele mundo, e aí a gente lançou a primeira fintech do setor elétrico.

Tudo que exige oportunidade financeira na distribuição de energia, a gente é a empresa que olha aquilo, desenvolve um produto e vê se ele é escalável ou não. Então, hoje a gente tem mais ou menos uns 10 produtos, que são crédito para quem está com dificuldade de pagar a conta, meios de pagamento diferenciados para você pagar sua conta de energia, crédito para os fornecedores, pequenos, grandes, médios, score de crédito para quem não está mapeado pelo mundo financeiro, mas que tem um histórico de pagamento de contas de energia.

produtos é em prescrição muito rápido. Em três anos a gente deve chegar a...

Já chegamos, né? Deixa eu contar a quantidade de dígitos. Oito dígitos de faturamento. Devemos chegar a nove dígitos de faturamento, se tudo der certo agora em 2024. Tá tudo certo. Então, cresceu rápido. Por quê? Porque a gente subiu no ombro do gigante para fazer algo que ele não fazia. Complementar, né? É, o Grupo Energiza é o maior grupo de capital nacional de distribuição de energia no Brasil. Tá em 11 estados, 20, 22 milhões de pessoas atendidas pelo distribuição de energia.

tem, sei lá, milhares de fornecedores, 8,4 milhões de unidades de consumo, residência, pequenos negócios. Cara, é olhar para isso e falar onde está faltando produto financeiro com tecnologia e desenvolver. Pô, sensacional. E do nosso lado aqui, né, a Impulso é uma People Tech especializada no aumento da capacidade e produtividade de empresas tech. Aqui na tela também você está vendo o...

Sylvestre Mergulhão (46:00.974)

livro Sentir e Responder, que é o livro que eu costumo dizer que deveria ter sido lido por todos os líderes antes da pandemia começar, inclusive recomendo. Não do serame para você, porque você já está anos-luz na frente, mas você pode indicar para as pessoas da sua equipe, com certeza vai ter gente que vai aprender bastante com esse livro. E no mais, cara, Dan, não posso agradecer mais, muito obrigado... Eu que agradeço. Por ter vindo participar aqui conosco. Fazer um podcast diferente, né? Quando a gente fala de pessoas, sentimentos, valores, é bom pra cacete. Já fica o convite para o próximo. Boa.

Onde encontrar mais sobre Daniel Orlean

Recursos e links citados

Aqui estão, também, os links das dicas citadas pelo nosso convidado especial:

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