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Richard Uchoa, CEO e Fundador da Revvo
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No episódio #1 do Deep Dive Podcast, tenho a honra de receber Richard Uchoa, CEO e Fundador da Revvo, além de ser a pessoa mais influente do LinkedIn no Brasil e um grande amigo. Em nosso papo, você vai descobrir a fundo seus valores, sua pessoa e suas verdades inconvenientes.
Transcrição automática
Sylvestre Mergulhão (00:06.446)
Olá, ouvintes! Eu sou Silvestre Mergulhão, CEO e fundador da Impulso. Estou aqui diretamente dos estúdios do Curso em Vídeo do meu amigo, influencer e youtuber Gustavo Guanabara. E este é o podcast Deep Dive, o podcast que nos convida a mergulhar profundamente em nossas mentes. Não queremos falar sobre quatro segredos do sucesso, não queremos falar sobre como fazer gestão por OKRs ou como levantar uma rodada de investimentos.
Falaremos sobre pessoas, valores e comportamentos. Como foi a jornada dos nossos convidados desde os seus mais longínquos tempos até os dias de hoje. E também sobre quais são as suas grandes verdades inconvenientes. E hoje eu estou aqui com Richard Uxoa, fundador e CEO da Rivo, e também um grande amigo. Seja bem-vindo! Fala aí, Silvestre. Muito obrigado pelo convite, prazer estar aqui com você e todos os ouvintes aqui hoje. Boa, muito bom. Como você sabe, esse é um podcast para falar sobre coisas que você nunca falou em outros
ou outras entrevistas. Eu gostei até do nome, mergulhão, você, deep dive, agora que eu entendi a brincadeira. Esse é o deep dive. E se você olhar aqui nessa TV, a gente tem a árvore que cresce para baixo com as suas raízes cada vez mais profundas, que é o que nos dá suporte para crescer e florescer, que é aquilo que as pessoas veem em cima da terra. Então essa é a analogia de fazer um deep dive, um grande mergulho profundo. E a analogia da árvore é perfeita para isso, porque a gente cresce para baixo
para depois mostrar exuberante para o mundo aquilo que as pessoas veem. Gostei, profundo, gostei.
Quem ainda não conhece esse quase top-voicer do LinkedIn, pessoa mais influente do LinkedIn no Brasil, aqui na descrição desse episódio, a gente vai ter vários links sobre reportagens e outros podcasts onde o Richard conta sobre a sua história. Nesse podcast, ele vai falar sobre coisas que ele nunca falou antes. Richard, deixa eu te contar. Uma das coisas que eu mais valorizo hoje em dia são os valores. Depois que identifiquei aqueles meus valores pessoais, eu consegui, primeiramente, avaliar o meu passado
Sylvestre Mergulhão (02:09.455)
eu percebei o quanto eu usei esses valores para a tomada de decisão, mesmo de forma inconsciente, e o quanto que depois de saber e conhecer esses valores exatamente ficou muito mais fácil eu tomar decisões a partir de então, porque eu já sabendo aquilo que eu acabo valorizando, é muito fácil olhar nessa decisão aqui, sabendo que eu valorizo determinados valores, como que eu vou tomar essa decisão? E aí a minha vida passou a ser mais fácil depois de eu fazer essa análise. Então eu costumo começar sempre aqui falando sobre valores.
Os seus principais valores, como você usa eles para viver a sua vida, como você avalia as decisões que você tomou no passado por isso, que valores desses você acabou levando para a Revo? Legal, muito bacana até a forma de começar pelos valores. Fiz um trabalho prévio aqui, já elenquei três valores aqui para falar um pouquinho. O primeiro, eu botei eterno aprendiz.
Sylvestre Mergulhão (03:09.296)
pautada no setor de educação. Então, acredito que, como Mandela falava, que a arma, que a educação é a arma mais poderosa para mudar uma sociedade. E eu trago isso para a minha vida pessoal. Então, eu sempre estou buscando aprender, sempre estou buscando me desenvolver. Fiz...
toda a trajetória tradicional de universidade, pós-graduação, mestrado, parei no mestrado. Mas, assim, isso para mim é o de menos, é a menos importante parte da formação. O mais importante é tudo o que eu aprendi fora da sala de aula, lendo livros, podcasts, audiobooks, cursos, viajo toda hora para fazer treinamentos. Então, para quem me conhece, sabe quanto eu invisto em aprendizagem, educação e na
Isso acaba sendo um dos valores da própria Revo. Até pela sua existência e concepção, né? Sim, sim, correto. Como falei, todo o background da família vem da área de educação.
Outro que eu coloquei aqui é honrar os compromissos. Então, isso é um outro valor que a gente trabalha na REVO. A REVO é uma empresa de 200 colaboradores, todo mundo em home office, e o modelo home office só funciona se você honrar os seus compromissos. Se tem um combinado, você tem que cumprir aquele combinado. Só que isso, pra mim, vai um pouco da minha criação. Falar que eu sou carioca e carioca honrar compromisso é difícil, né?
típico de um carioca. A começar por chegar no horário. É, chegar no horário. Isso não é uma brincadeira direta aqui, é uma questão generalizada. Posso contar uma história sobre isso também. Mas aí a questão do honrar compromisso, eu fui criado nos Estados Unidos, apesar de ser carioca, fui criado lá. E lá você tem uma cultura muito do combinado, de você chegar no horário, de você... Exatamente essa experiência que eu tive quando fui trabalhar com americanos e aí eu era completamente indisciplinado em relação a horários e eu só levava expulso.
Sylvestre Mergulhão (05:12.656)
É, então isso pra eles, porque o horário, o exemplo do horário é você respeitar o tempo do outro. Então se eu chego atrasado, eu tô falando que o meu tempo vale mais do que o seu. Você pode ficar esperando enquanto eu não estou aqui. Então esse é o conceito do horário e qualquer outro compromisso. Então eu sou muito certinho. Você combinou, tá combinado, tá na minha agenda, vai acontecer. E na empresa, a mesma coisa, quando eu trabalho com meus colaboradores.
a gente combina alguma coisa, sabe? É o que combinou, o combinado não sai caro. Isso vai também para a cliente. Então, a gente é a empresa que não tem espertinho, não tem ninguém querendo ganhar vantagem em cima. Sabe? Se a gente combinou uma coisa, mesmo que seja ruim para a empresa, mas foi combinado, a gente vai cumprir. Então, para mim, botei aqui honrar compromissos. Ele tem um pouco a ver com disciplina, né? Essa honra, o compromisso, né? Sim, sim.
e eu acho o seguinte, fazer a coisa certa, né? Você fazer certo, eu sou muito certinho, muito... sabe, não tento fazer nenhuma coisa errada, de se dar melhor cortando, tendo atalhos, sabe? Então, pra mim tem um pouco isso. E o último que eu botei aqui, eu botei liberdade. Então, liberdade, pra também quem me conhece, sabe quanto eu gosto de viajar, de ter liberdade,
Mudei na pandemia o modelo da RIVO para Home Office, primeiro por obrigação, mas a gente manteve assim e muito por causa dessa liberdade. Eu quero poder...
viajar, quero poder estar com minhas filhas, quero poder trabalhar, quero poder... Então essa liberdade, pra mim, é importante. E isso acaba refletindo muito na forma que a gente é as pessoas. Então, é a coisa, na REVO a gente estabelece o planejamento, estabelece as metas. Você vai ter liberdade de fazer da forma que você quiser, desde que você honre seus compromissos e, eterno aprendiz, você tem que estar sempre evoluindo.
Sylvestre Mergulhão (07:24.4)
relacionados a mim e a forma que eu trabalho dentro da Rio. Exato. Liberdade para mim também é um dos meus três valores chaves e para mim também é condição básica que eu dificilmente consigo abrir mão. Então, eu entendo perfeitamente isso. Eu me lembro que alguém fez a seguinte pergunta. Se você tivesse que voltar para o presencial e sua empresa ia crescer mais...
você voltaria? Eu falei que não. Eu prefiro crescer menos e ficar remoto para ter essa liberdade. Obviamente, a empresa vai quebrar. É outra questão. É outra questão. Acaba até a minha liberdade. Mas então eu vejo essa questão da liberdade de poder ter essa flexibilidade, para mim, é importante.
E na sua vida, você se sente um otimista ou um pessimista? Otimista por natureza. Impossível não ser otimista. Sempre vendo o lado cheio do copo, sempre vendo a parte boa de tudo. Tanto que quando a gente vai fazer planejamento da empresa, orçamento, calma, vai devagar. Não precisa ser tão otimista. Então, sempre fui otimista.
que dá pra fazer, sempre, quando não dava, mesmo assim, e sempre fui otimista. Mas o quanto que um otimista ao extremo também não pode ser meio, não sei se tem uma palavra certa, meio silly.
de meio bobo? Eu acho que o... não é nem bobo, eu acho que talvez tolo. Tolo, isso, tolo. Eu acho que tolo... E assim, a minha talvez... o começo da minha trajetória foi muito isso, o otimismo me deixou tolo. Eu acho que as cicatrizes da vida e do aprendizado e da pancada que você acaba levando, você acaba ficando otimista, só que menos tolo. Então, por exemplo...
Sylvestre Mergulhão (09:20.784)
Mas assim, sempre, sabe, você pode estar, sei lá, trocando governo, pode estar fazendo alguma coisa, uma crise enorme no país, pode estar estourando uma guerra e vou estar vendo, não, mas calma aí, tem uma parte boa nisso que talvez dá para aproveitar. Então, sempre vou estar vendo o lado bom da coisa. Mas o problema disso entra naquela coisa, vai fazer um planejamento que você fala, ah, eu vou dobrar de tamanho esse ano. Só que você não fala como.
métodos, você não traz os recursos necessários, e aí você está sendo muito mais, fazendo mais wishful thinking, muito mais sonhando do que otimismo. Então, eu acho que a tolice entra aí no sonho versus algo que realmente pode ser um otimismo real. E aí, já que você falou de planejamento, de pensar as coisas, teve algum momento na sua vida que você percebeu que você virou a chave que era possível e descobriu que
Entendeu que era possível conquistar coisas, realizar coisas por si próprio, independentemente da visão e da opinião de outras pessoas. E isso se conecta um pouco com aquela frase muito conhecida, não sabia que era impossível, e foi lá e fez. E como se conecta com esse planejamento que você falou agora? Quando você trabalha em uma empresa de tecnologia e faz muita inovação, tudo que a gente faz nunca foi feito. Tudo não, mas muita coisa que a gente vai inventar, vai desenvolver, projetos,
Então, a maior parte do modelo de trabalho da Revo acaba partindo daí. Então, dando exemplos, a gente já criou produtos que precisava de muito dinheiro para fazer e a gente fez sem dinheiro e deu super certo. A gente conseguiu inverter fluxo de pagamento, o cliente pagou e a gente conseguiu usar um produto sem ter os recursos necessários. Então, esse é um exemplo que você olha e diz que é impossível fazer isso no modelo tradicional.
Então, tem várias situações. E aí vai tanto a vida pessoal quanto o profissional. Mas você consegue perceber na tua trajetória um momento em que você não necessariamente acreditava nisso, e aí, quando houve um chaveamento, você falou assim, caraca, como assim? Eu nunca percebi que era possível.
Sylvestre Mergulhão (11:39.886)
Eu acho que tem alguns exemplos. Vou dar um exemplo quando eu saí do Brasil para fazer mestrado na Inglaterra. E aí, quando eu estava na Inglaterra, meu objetivo era voltar e trabalhar numa empresa familiar. Nessa época, você não era empreendedor ainda. Não, não era. Eu era funcionário da empresa familiar. Então, eu tinha 25 anos, não vou falar que era... Estava numa linha sucessória. Por...
por ser empresa familiar, mas...
não estava no cargo de executivo, não tinha sido você que criou, tinha criado a empresa e tudo mais. Além disso, eu era muito jovem, se eu tivesse 40 anos talvez eu estaria... Mas, o que eu quero dizer é que meu objetivo era fazer mestrado e voltar para a empresa familiar para continuar lá e crescendo lá dentro. No ano que eu estava lá, foi vendida a empresa, então não tinha mais como fazer isso daí. Então, eu pensei, vou voltar para o Brasil
para a empresa. Mas empresa de quê, como vai ser, não fazia a mínima ideia. Então, o que eu fiz? Eu falei, eu vou trabalhar aqui na Inglaterra para conseguir aprender, ver, enfim, experimentar. E aí eu fui trabalhar em uma empresa que eu recebi a seguinte proposta. A empresa ficava quatro horas da minha casa, então tinha que me mudar, não podia ficar indo e voltando. Salário zero, vale a alimentação zero, vale a refeição zero. Zero, enganado. Ficar trabalhando lá de graça, literalmente.
Na Inglaterra. Beleza. Vamos lá. Exatamente. Eu era estudante, né? Estudante mestrado na Universidade de Oxford, mas era estudante. Então, me mudei e fui trabalhar de graça por um tempo. E aí, lá na empresa, eu vi, poxa, que legal, eu gostaria de fazer uma empresa como essa quando voltar para o Brasil. Então, o modelo da Revo, eu aprendi nessa empresa. Só que aí, onde que entra aquela coisa do impossível e tudo mais?
Sylvestre Mergulhão (13:38.958)
No meu último dia do trabalho, o dia que eu já tava indo embora, todo mundo sabia, ia voltar para o Brasil e tal, o dono da empresa chega pra mim e fala, Richard, o que você pretende fazer quando você voltar agora do Brasil? Eu falei, já não podia ser demitido mais, então eu falei, eu pretendo abrir uma empresa igual a sua. E aí ele falou pra mim, por que a gente não faz isso em conjunto?
E aí, voltei para o Brasil, montei uma empresa, um ano depois, ele vira meu sócio. Então, sabe aquela coisa? Fui para lá com o objetivo de ir para uma empresa familiar, a empresa é vendida, saio de lá com mestrado em Oxford e com um sócio em inglês. Totalmente fora de qualquer cogitação possível. Qualquer planejamento que você tivesse feito teria sido diferente. Teria sido diferente. Nunca podia imaginar que isso ia poder acontecer. Então, isso é um exemplo que seria impossível
acontecendo. Totalmente excelente, eu adoro esses caras, porque eu ouço histórias, cara, todos nós empreendedores eu ouço histórias e é impressionante como se repete as histórias de que, assim, qualquer planejamento que eu teria feito na minha vida, isso não sou eu falando, são as histórias que eu ouço, né? Qualquer planejamento que eu tenha feito na minha vida.
teria sido diferente daquilo que efetivamente conseguia executar. Seja para pior ou para melhor ou para diferente, mas assim, nada nunca passa perto do que você eventualmente teria planejado. Isso é uma das coisas mais incríveis da vida, né? Tem a ver com a serendipidade também, né? Você, pô, está num lugar e as coisas eventualmente acontecem por você estar lá. Não, e totalmente aleatório. Para ele também, opa, para ele também, ele até apostou em mim na época, eu tinha 25 anos,
que ele queria expandir fora da Inglaterra. E aí chega um brasileiro que poderia ser empreendedor, vindo de uma boa faculdade e tal, ele vê, poxa, uma ótima oportunidade para fazer um primeiro braço fora da Inglaterra. Então, é aquela coisa, está no lugar certo. Só que isso jamais teria acontecido se eu não tivesse aceito um emprego para ganhar zero. Então, entra aí nessas coisas da vida. Coisas que só acontecem porque você estava lá. E essa é a coisa da oportunidade, não é?
Sylvestre Mergulhão (15:49.808)
Tem que se abrir. Então todo mundo... Eu só quero isso, eu só seguir meu planejamento. Às vezes você não sabe o que pode acontecer.
E, bom, você é um cara... Você não colocou nos seus valores, mas você é um cara extremamente realizador. Está sempre buscando o que fazer e fazendo coisas diferentes, não à toa, mesmo antes de empreender. Estava buscando ter uma realização ali, aprendendo no exterior, para trazer esse conhecimento aqui para o Brasil, para a empresa familiar. E aí é que eu te faço a sua seguinte pergunta. Você conhece alguém da geração nem-nem? Aquela que nem estuda e nem trabalha? Conta aí sobre isso. Não conheço e quero...
distância deles. E até porque que eu faço questão de falar que eu não conheço? Porque eu acredito que nós acabamos sendo reflexo de quem a gente, da onde a gente circula, dos nossos amigos, né? Sempre falam que você é as cinco pessoas mais próximas de você. Então, se você quer mudar de vida, você tem que estar diante das pessoas que querem ter a vida, quer dizer, que tem a vida que você quer ter. Eu quando morava nos Estados
lá em escola pública, escola pública grande, que tem todos os desafios de qualquer escola pública do mundo. Então, problemas de racismo, problemas de drogas, problemas de era emigrante, xenofobia, todos os problemas que você possa imaginar que qualquer lugar do mundo tem. Não digo que lá é mais ou menos que outro lugar. Mas o que eu vi é muitas pessoas que você via que não queria nada da vida. Isso assim, quando eu estava na escola. Hoje eu olho para eles e de fato...
não chegar em lugar nenhum na vida. Então eu vejo, eu quero estar próximo de pessoas que estão indo no caminho que eu quero ir. Então eu quero estar próximo de empresários como você, com vários outros amigos que eu tenho, eu quero estar nos círculos e nos grupos de pessoas que estão conquistando e fazendo coisas que eu acho foda.
Sylvestre Mergulhão (17:49.486)
Agora, pega alguém que é a geração nen-nen, certamente essa pessoa jamais estaria no meu círculo. E se eu conhecesse, o papo ia durar muito pouco, porque eu mesmo não ia me interessar. Então, não, não tenho. O que fica para mim é essa conexão com os valores. Então, no seu caso, evolução, como é que você chamou ele? Eterno aprendiz. Colocar como eterna aprendiz, que é aquilo que você está querendo sempre aprender, alguma coisa nova. Então, é o...
o conceito de evolução, e evolução no sentido dos valores. E aí quando você conhece alguém que não tem nem um pouco desse valor perto de você, é uma pessoa que você acaba realmente não tendo conteúdo para trocar. Então realmente essa conexão das pessoas do teu ciclo estarem minimamente conectadas com aqueles teus valores, é o que eu vejo que é relevante, e é por isso que eu também não conheço ninguém na geração.
Até conheço, mas não são pessoas baixas que têm algum nível de proximidade comigo. E aí, para a gente falar um pouco, ter um pouco de relação com isso...
É o seguinte, os incomodados devem realmente se mudar ou eles devem lutar por mudanças? E nesse sentido, você se sentiu incomodado com o comportamento de determinadas pessoas e aí você falou, vou me mudar. Mas até que ponto a gente tem que se mudar, mudar de contexto ou a gente tem que trabalhar para tentar mudar o contexto em que a gente está inserido? Quais são os limites? E a gente tem inúmeros exemplos.
Sylvestre Mergulhão (19:23.824)
é duro, mas aqui a gente fala sobre verdades inconvenientes, né? E então, por exemplo, lá no próprio Estados Unidos, né? Eu não sou um profundo conhecedor dos Estados Unidos, tá? Mas eu conheço algumas coisas e uma das coisas que eu sei é que as leis estaduais lá, os estados são muito mais independentes do que aqui no Brasil, por exemplo, né? E você tem estados que têm pena de morte, estados que não têm pena de morte e não em comum eu já ouvi histórias de americanos assim, não, naquele estado eu não piso, porque aquele estado tem pena de morte, a pessoa é contra a pena de morte, eu tenho medo de, enfim, fazer alguma...
ser cagado e ser condenado à morte. E ele fala, não, naquele estado eu não piso. Então é uma pessoa que assim, cara, não vou me mudar para lá para tentar mudar aquele estado. Ou se eu moro num estado com pena de morte e eu sou contra, eu sou o primeiro a me mudar daqui. Não vou ficar fazendo bandeira de vamos mudar e acabar com a pena de morte, sendo que a pena de morte está instituída aqui nesse estado há 200 anos. Enfim, conta aí um pouquinho sobre isso. Eu acho que tem algumas questões que valem a pena lutar e outras não. Outras não, que é o seguinte,
Se é algo que, vou dar um exemplo, você é contra o Putin e você mora na Rússia. Cara, é muito pouco provável que você vai conseguir fazer alguma coisa, não é? Então, e assim, é uma situação perigosa para a sua vida. Principalmente se você ficar emitindo essa opinião em público, né? Em público. Agora é o seguinte, por outro lado, se você ficar quieto, você consegue viver bem.
Sabe? É diferente, e aí vou falar de temas macros e não micros, tá? É diferente de você ser, por exemplo, um negro nos anos 50 nos Estados Unidos, onde você é oprimido, onde você não tem emprego, onde você é tal, e você ficar quieto, você aceita aquele status quo. Então, nesse caso, onde você é um negro nos anos 50 nos Estados Unidos, e você fala, não, eu preciso mudar isso pro futuro dos meus filhos. Isso pode valer até a minha vida.
Eu acho que esse é um caso que vale a pena você mudar. Agora, eu tô aqui no Brasil e sou contra sei lá o quê, e vou... Onde eu ficar quieto também não ia fazer tanta diferença pra minha vida, eu só tô querendo achar causa pra... Por exemplo, eu sou a favor, sei lá, do... De algum movimento de salvar os golfinhos. Tá bom?
Sylvestre Mergulhão (21:43.982)
Mas isso não vai custar minha vida. Mas se custasse, talvez eu escolheria outro movimento. Agora, se eu fosse um golfinho, não. Eu certamente embarcaria nesse movimento. Então eu acho que depende, você tem que fazer escolhas. Porque eu vejo que pessoas são muito radicais. Vou dar um bom exemplo. Lula Bolsonaro.
Cara, eu acho um péssimo, um outro eu acho menos mau. Mas, assim, eu não vou me envolver nessa briga. Porque, cara, eu tenho que tocar meu negócio, eu tenho outras coisas pra fazer, eu não vou mudar. E não só que eu não vou, eu não quero, eu não quero entrar em política, eu não quero ser uma pessoa que vai ficar cuidando disso. Agora, se o Brasil virar uma Venezuela, talvez eu me mude.
Não vai comprar essa briga? Não vou comprar essa briga. Acho que eu também não compraria. Talvez eu me mudaria porque eu também não acho que eu quero ser a pessoa que vai resolver esse problema. Então, acho que você tem que tomar essa decisão. Se você quer mudar isso ou se você pode conviver com isso ou se mudar. Eu acho que tem uns três casos que são aceitáveis. Depende muito. Agora, se você é um perseguido político, tal, tal, tal...
Aí você vai ter que talvez ou se mudar ou querer mudar. É, a gente teve aqui a nossa década de 60, 70 e 80, onde muita gente se mudou de fato, né? Por pressão do próprio governo, né? Ou por simplesmente medo de... Deixa eu me mudar antes que der merda. Eu acho que depende quanto que essa luta afeta você. Eu acho que não tem resposta certa e errada. E quanto que afeta seus valores também, né? É. Legal. Então, você falou um pouquinho de Brasil, vamos aprofundar um pouco mais, né?
Você quer comentar alguma coisa sobre o que a gente tem aqui no Brasil chamado de custo Brasil? E é isso, a gente sabe que envolve muita coisa, envolve tributário, envolve trabalhista, horas necessárias para cálculos infinitos, que a gente sabe que é maior do que em outro país e tudo mais. E você tem experiência ou conhecimento sobre como as coisas funcionam em outros países para a gente poder fazer um comparativo do, a gente é realmente enquanto Brasil muito
Sylvestre Mergulhão (23:54.032)
uma síndrome de vira-lata quando a gente está olhando para si próprio e comparando a gente com o mundo, sendo que eventualmente outros lugares do mundo também se acham muito complexos ou também são muito complexos. Então, eu acho que o primeiro Brasil complexo é, sem dúvida, é provavelmente um dos mais complexos do mundo, o tributário, tem várias questões aí, trabalhista e tudo mais, mas assim, é complexo para mim, para você e para qualquer um que está empreendendo no Brasil.
Então, nos Estados Unidos, eu conheço bem os Estados Unidos, tem empresa lá, faço empreendimento lá, em outra área, lá é muito fácil, é muito fácil abrir uma empresa, é muito fácil você...
Assinar um contrato, pegar empréstimo, montar um negócio e sair executando. Muito fácil. Lei trabalhista é fácil, você manda embora, a pessoa fica até aquele horário e tal. Isso aqui é fácil pra todo mundo. Então, por outro lado, você quer empreender na área de tecnologia. Lá, você tá competindo com o Mark Zuckerberg da vida.
Aqui não tem marques da quimia da vida para competir. Então tem uma diferença também de competitividade que toda essa burocracia que você falou, por um lado, cria muito protecionismo. Por um lado, um bom exemplo disso, vai no shopping no Brasil, vê as lojas que você tem. Você vai ter uns 15%, 20% internacional, o resto tudo brasileiro.
Vai para uma loja nos Estados Unidos, na Europa, na Ásia, todas as lojas são iguais.
Sylvestre Mergulhão (25:29.614)
Por quê? Porque são lojas americanas, europeias, que se multiplicam no mundo inteiro. Só que aquele país não consegue desenvolver sua própria cadeia de lojas, porque é muito fácil com alguém entrar. Aí quando entra um americano que é mais eficiente, que é mais estudou mais, tem mais dinheiro, tem mais tudo, ele entra e arrebenta todo mundo. Aqui no Brasil ele não consegue. Aqui no Brasil o buraco é mais embaixo.
Sylvestre Mergulhão (25:59.568)
que tem aqui que são só brasileiras, se fosse tão mais simples talvez nem existiriam.
Então, eu acho que o Brasil é complexo. A gente entende o Brasil, às vezes. Às vezes não. Nem sempre. Mas, por outro lado, a gente entende que nem sempre entende. A gente entende que as coisas mudam, a gente entende que sempre tem um jeito. O passado, às vezes, pode ser incerto. Até o passado é incerto, exatamente. Isso cria vantagens para quem é brasileiro. Então, você quer empreender qualquer setor no Brasil, sendo brasileiro é muito mais fácil do que sendo gringo.
E aí a gente entendendo isso tem que levar isso pra sua vantagem. E a coisa, é difícil pra você e o seu concorrente. Então até o próprio brasileiro concorrente é difícil.
E como aqui a escolaridade é baixa, as pessoas não têm muito estudo, as pessoas não estudam, não se desenvolvem, não se atualizam, se você consegue ficar um pouco acima da média, que vamos combinar, não é tão difícil, você já começa a se destacar. Agora, nos Estados Unidos, vai tentar acompanhar a média boa, não vou dizer aquele redneck americano, mas a média de negócios lá, um executivo médio, você vai ver que o cara
as coisas que eles fazem muito mais complexo. Então eu vejo que o Brasil é difícil, é complexo, mas como eu falei no começo, é um otimista. Então vejo o lado cheio do copo, que é falar cara, você usa isso a nossa vantagem.
Sylvestre Mergulhão (00:01.006)
Boa. E como a gente está falando de Brasil aqui, sou apenas eu ou você também acha que, em geral, no Brasil as coisas são muito paternalistas? Na verdade, no mundo todo, mas sobretudo no Brasil.
E eu acho que é importante a gente explicar um pouquinho o conceito do que é ser paternalista, se você puder falar sobre ele. E como lidar com esse contraditório de muitas pessoas desejarem ter muita certeza, mas também liberdade ao mesmo tempo. Os adultos, de fato, eles são adultos ou são apenas crianças mimadas que cresceram? Eu acho que muitas são crianças mimadas que cresceram.
O brasileiro tem dificuldade de dizer não. Isso é bem verdade. Então, você pede pro... O carioca é um bom exemplo. Você tem sexta -feira à noite, você vai sair. Você começa a sexta -feira já com três programas, que você está confirmado que você vai, e você acaba faltando os três e vai pra outros dois que você nem sabia que ia acontecer e dá uma desculpa no dia seguinte. Por quê?
Você já sabia que você não ia, só que você tem dificuldade de falar não. Você fala, não, vamos ver, vou ver, vou combinar, qualquer coisa eu te falo. Passa lá em casa. Passa lá em casa. Então, o que acontece? A gente tem dificuldade de falar não. Cara, eu não vou, não tá dentro dos meus objetivos, não quero, não posso. E aí acaba que você quer abraçar o mundo. E aí entra no conceito de paternalismo. E aí, por que isso? Porque a gente tem dificuldade de ser objetivo.
Sylvestre Mergulhão (01:41.966)
Seu objetivo é que você quer e você está muito preocupado em ofender o outro. Em não ofender, né? Desculpa, em não ofender o outro, exatamente. E aí você fica preocupado em um não poder ofender.
Isso vai em tudo. Aí você acaba fazendo uma coisa pior, né? Que é diz que vai e aí não cumpre, né? E não cumpre. Aí cai naquele seu valor do combinado. Por isso que isso aí, durante de... Pra mim é um Te afeta tanto. Exatamente. E aí dentro da empresa, por exemplo, a gente começa a ter dificuldade de dar um feedback sincero. E isso é muito complexo. De poder falar pra ele, ó, cara, você errou nesse momento, você não deveria ter feito isso. A gente acha que a gente está ofendendo
outro quando você fala que ele fez errado. Até porque o modelo de ensino sempre foi assim, sempre foi binário, certo ou errado. Então é caneta vermelha ou caneta verde ou azul. Então a gente sempre foi ensinado que existe um certo e errado. E a gente sempre quer estar no lado certo. E quando alguém erra a gente olha isso como uma repressão. Mas não, o feedback, por exemplo, é a melhor ferramenta para alguém crescer. Então se você mostra para o pessoal, eu acho que isso aqui foi
errado por causa disso, disso, disso, você está dando um presente para ela que é, olha, você pode melhorar. Principalmente se tiver conectado esse feedback com os valores da companhia, com aquilo que a companhia valoriza. E aí você consegue dar um feedback direto no valor e aquilo passa a ser uma coisa... O valor efetivamente executado é uma coisa viva dentro da empresa, passa a ser cultura. Sim, exatamente. Então, eu vejo que essa parte... E isso acaba tendo dificuldade em gerar meritocracia.
Então, pô, eu gosto do Silvestre, pô, eu quero estar tanto tempo aqui na empresa, deixa eu promover ele, ele está merecendo. Não, merecer tem a ver com o resultado, o que está gerando de resultado, o que está gerando de entrega. Então, como não é objetivo, como não consegue dar feedback, como não consegue... Você acaba não conseguindo, de fato, ter meritocracia na empresa. Então, e aí várias coisas que vão nesse sentido. Quando você vai para um... falar com um americano...
Sylvestre Mergulhão (03:50.958)
Ele falou, não, na sua cara. Eu me lembro uma vez, vou dar um exemplo que é um pouco chulo, mas o meu sócio inglês, uma vez, eu fui reclamar pra ele de alguma coisa, que alguma coisa combinada não funcionou, ele falou o seguinte pra mim, você quer que eu limpe sua bunda? Porra, cara, resolve você, sabe? Isso é um problema que você tem que resolver. Aí, pra mim, foi um pouco choque. E ele falou literalmente, usando essas palavras. Ele falou, do I'm gonna wipe your ass?
E aí você leva aquele choque, mas pra ele tá certo. Ele fala, cara, resolve, se vira. E ele tem um pouco essa coisa de ser mais direto, de poder falar o que pensa. A gente no Brasil não tem tanto isso.
Mas aí isso entra muito nessa... E na parte do paternalismo em si, daquele desejo por ter muitos direitos, mais liberdades ao mesmo tempo, que aí entra nas contradições. É, eu vejo o seguinte...
Entrar um pouco, voltando um pouco para a política, só que econômica, tá? Você tem esquerda e direita de forma geral no mundo inteiro. Muita gente associa esquerda à Lula e direita a Bolsonaro, que, cara, são representantes de partidos políticos que seguem ideologias. Mas entrando no viés da economia, a direita acredita um estado menor e a esquerda um estado maior. A direita, começar pela esquerda, a esquerda acredita que o capital...
não deve ficar na mão do povo e deve ficar na mão do Estado, porque o povo é burro, não sabe lidar com aquele capital, e o Estado é quem sabe lidar com aquele capital e consegue distribuir isso igualmente. É isso que a esquerda, modelo econômico, acredita. A direita acredita o contrário. O povo tem mais inteligência de como lidar com seu dinheiro, e o Estado é burro e incompetente em lidar com seu dinheiro, então o dinheiro tem que ficar na mão do povo. Então essa é só uma...
Sylvestre Mergulhão (05:59.022)
grandes, assim, bem macro, diferenças entre esquerda e direita. A questão da esquerda entra muito nesse paternalismo, que é o Estado cuida de você. O Estado sabe o que fazer com o seu capital e o Estado vai te dar os direitos porque você não consegue fazer isso. O exemplo clássico é o FGTS. FGTS nada mais é do que, ó, você tem 8 % do seu salário que você não vê e o Estado cuida disso.
e a INSS, 20 % do seu salário você não vê, o Estado cuida disso quando você se aposentar. Tudo isso é o Estado, vale a alimentação. Nada mais é do que você não sabe gerir o dinheiro, então o Estado tem que falar que tem uma poupança voltada para comida, outra poupança voltada para transporte, para isso, tá? É sempre o Estado ditando ao povo como que ele tem que gastar o dinheiro. Porque não é muito mais fácil, você pega isso
bolo enorme e dá um cheque para a pessoa e ela sabe o que fazer com isso, então esse é o modelo da direita. A direita fala, olha, não tem... a alimentação, vale o transporte, não tem isso, não tem aquilo, tal, tal, tal, só que você tem liberdade de definir como que você lida com o seu dinheiro. O que acontece quando você tem esse caso? Os salários sobem, porque você gera muita competitividade e aí cada um vai gastar o dinheiro como quer, os salários, o exemplo disso, os Estados Unidos, os salários são...
bem mais altos do que a média até a Anopeia, não é? Você vai ter alguns países que podem destuar, mas em média os Estados Unidos têm salários mais altos. Só que lá não tem nem licença maternidade. Isso acaba sendo definido individualmente. Individualmente, exatamente, que eu acho um absurdo. Agora, tem que ter algum equilíbrio? Tem, tem que ter equilíbrio. Eu acho que é dever do Estado regular, mas não definir.
Então o Estado tem que definir salário mínimo, por exemplo. O caso, eu acho que licença maternidade é uma continuidade da espécie humana. É uma coisa muito mais ampla do que só direitos trabalhistas. Mas eu acho que cabe o Estado regular e não cabe o Estado competir e definir. Por exemplo, no Brasil o Estado produz petróleo. Faz sentido? É papel do Estado produzir petróleo?
Sylvestre Mergulhão (08:25.421)
É papel do Estado ter hotel, ter... Não, não é papel. Ele tem que regular as indústrias e as formas trabalhistas, mas não definir e ter um papel tão forte. Exato. E dentro das nossas empresas, assim, o quanto que essa questão mercadológica impacta nas pessoas, né? Porque acaba que as pessoas estão acostumadas com essa forma de lidar.
Você tem filhos também, né? Provavelmente suas crianças já brigaram entre si. E você já teve momentos em que você falou, se resolva vocês dois com a sua irmã, por favor, ou você vai lá e tem que intervir para fazer a mediação. E por que eu digo isso? Por que eu faço essa pergunta? Porque nas nossas empresas, em muitos casos, eu já fui chamado a resolver...
conversas entre outros funcionários. E eu, assim, gente, tenho que tratar vocês como adultos. Vocês sentam para se resolver e resolvam entre vocês. Sobre as minhas filhas, tem uma diferença de cinco anos. Então, a mais velha sempre vai ganhar. É muito grande. Até porque a outra tem quatro, ainda não tem essa capacidade. Ainda não está. Talvez quando ficar mais velha, sim. Vai chegar lá. Vai chegar lá. Mas eu acho que quando você olha para dentro da empresa...
Assim, você como líder tem que definir os valores, os princípios, as metas, o direcionamento, e você tem que dar ferramentas para eles serem gestores ou líderes. Então, por exemplo, dentro da minha empresa a gente faz muito treinamento de liderança. Então, problemas entre pessoas, a melhor forma é eles, talvez com líder direto, tentar resolver. Se chegar em mim é porque o problema ficou muito grave. Mas, assim, a gente entra naquele valor, muita liberdade.
Então o líder lá tem mais autonomia até do que muitos casos pra tomar decisões sobre o time dele. Até porque eu falo o seguinte, se ele tiver um problema com alguém do time e eu demiti, eu que me torno responsável por aquilo. Então ele tem que ter autonomia pra definir o time dele, quem que ele quer trabalhar. Às vezes vai cometer uma injustiça, vai. Se cometer muita injustiça, é papel meu tirar o líder, não o funcionário. Então eu não entro muito...
Sylvestre Mergulhão (10:52.301)
na questão dos problemas de pessoas diretamente. Mas o que a gente cria são ferramentas. Avaliação de desempenho, feedback, tem que ter one on one. A gente tem todos os processos definidos para ter um bom ambiente de gestão de pessoas e como liderar outras pessoas. Boa. E você falou agora de uma palavra...
chave para mim, skills. Então vamos falar dos mad skills. Os skills loucos, aquelas skills que a gente traz de coisas aleatórias da nossa vida, seja hobbies, seja coisas que a gente faz fora do ambiente de trabalho. E que quando a gente traz para o ambiente de trabalho, essas skills se mostram extremamente relevantes. Você tem hobbies que te proporcionaram ter essas med skills, algumas mad skills, que você conseguiu trazer para o teu ambiente de trabalho e você consegue ver os impactos dela no teu dia a dia?
Então, tentando relacionar com meus hobbies, não sei, mas tenho várias skills, mad skills, assim. skills. Uma delas é criatividade. Eu sou uma pessoa criativa. Eu sempre estou pensando em coisas novas, em pensar fora da caixa. E aí, talvez, possa linkar com o hobby. O hobby meu é escrever nas redes sociais. Para quem me segue sabe que eu gero muito conteúdo nas redes sociais. E eu sempre estou me desafiando a ser cada vez mais criativo.
Então, ter uma escrita mais criativa, ter storytelling, criar enredos. Estou começando agora a gravar vídeos que estou encenando dentro dos vídeos. Então, uma hard skill minha entra muito a criatividade. Se entra com um problema, para mim, eu vou achar uma forma totalmente fora da caixa para resolver aquilo. Então, isso é uma. Outra é aprender, como falei, que entra o valor de eterno aprendiz. Estou sempre estudando, estou sempre lendo, estou sempre...
Você vai na academia, pega o headphone de qualquer pessoa, tá todo mundo ouvindo música. O meu é livro. Tô ouvindo audiobook, sabe, devoro vários audiobooks por mês, porque tô toda hora aprendendo. No carro, audiobook, podcast, então, toda hora buscando conteúdo. Então essa parte de aprendizagem, eu também... Deixa eu ver... A parte de comunicação.
Sylvestre Mergulhão (13:13.005)
de falar, de me expressar. Eu falo muito, me comunico bastante. E aí entra coisa de negociação, então algumas habilidades, que aí volta lá para a história do meu sócio, da Inglaterra, com certeza essas habilidades eles foram captando, a criatividade, a habilidade de comunicação, tal, que eles mesmo se convenceram que eu seria um sócio ideal para eles em outro país.
Muito legal, cara. E olhando para trás na sua jornada, é possível que você tenha recebido conselhos ou conhecimentos de alguém que te marcou. Quais desses conselhos aí são mais valiosos, esse que você recebeu ao longo da sua jornada, que você eventualmente gostaria de compartilhar? Tem alguns, tem vários. Um deles, meu avô me falou, isso acho que foi em 2004, 2005, minha formação é TI, então eu estava nessa área, meu avô...
era o dono de uma universidade, ele falou pra mim que o futuro do ensino seria através da tecnologia. E aí ele me colocou pra liderar uma área de ensino à distância nessa universidade. E acabou que definiu toda a minha carreira. Então, de fato, assim, então falando de 2005, falar de ensino à distância, sabe, definiu bem a minha carreira. Outra, e aí entrando um pouco mais tático dentro da empresa, eu me lembro que uma vez, quando eu montei a minha empresa,
Eu já tinha trabalhado, mas nunca tinha empreendido. Então, eu era jovem, tinha 26 anos. Montei a empresa, no primeiro ano ela deu super certo. Então, ela foi de 0 a 60 funcionários em um ano. Então, parecia maravilhoso. Só que estava dando tudo errado. Por quê? A empresa era um caos, não tinha gestão, não tinha liderança, não tinha... Sabe, tudo que você tem que ter dentro de uma empresa a gente não tinha, de fato. A...
E aí, uma das coisas que eu errei naquele momento, e aí eu vou trazer o que a pessoa me contou, foi que eu contratei pessoas muito juniors. Então, eu olhei pra pessoas muito baseado no salário e não quanto a atrase de retorno. E aí, na época, eu falei com um empreendedor, que ele é um empreendedor serial, mas eu nem lembro o nome dele. Mas ele me falou uma frase que me marcou bastante. Ele falou o seguinte, demita todo o seu time e contrata metade das pessoas ganhando o dobro.
Sylvestre Mergulhão (15:38.701)
E aí foi o momento que eu entendi a importância de ter pessoas boas. E que pessoas boas custam caro. Não fiz exatamente isso, mas no final acabou que durante os próximos cinco anos, eu brinco que eu fui de zero a 60 em um ano, e nos próximos cinco anos eu fui de 60 a 18. Com a mesma produtividade, maior. Exatamente. Só que gerando mais resultado do que quando eu tinha 60. Então, e aí que eu entendi.
a importância de muitas vezes você ter um sênior do seu lado e não um júnior. Então a gente vai abrir uma vaga. O que você fala? Pô, eu contrato um cara mais barato ali porque eu quero economizar. Cara, esse cara vai te dar dor de cabeça. Então é importante você falar. Não, contrata uma melhor pessoa que você tem para aquele cargo. Vou pagar caro, vou pagar o que ele merece, não é? Porque isso é o que vai resolver o problema. Então esse conselho de trazer a pessoa... não é?
Trazer a pessoa certa e a pessoa certa custa dinheiro. E aí vou trazer um terceiro, que foi um curso que eu fiz em Wharton, em 2018. Na época, eu estava à frente de um curso de inglês aqui no Rio, que era a nossa. A gente tinha 11 escolas de inglês. Só que eu estava tendo muita dificuldade no curso. Não crescia, o mercado era ruim. Eu já tinha a Revo, só que eu tinha um curso também, o curso era maior que a Revo, então...
A Rivo já estava naquela fase de 18 pessoas, já tinha caído bastante. E aí eu fui para Wharton e o professor falou lá uma frase que eu também lembrei bastante, que é, mercados que não crescem têm guerra de preço. Então eu estava num mercado de curso inglês, oceano vermelho total, mercado que não crescia. Então o que acontece, todo semestre a gente tinha que dar mais desconto. Dar mais desconto porque você tinha menos pessoas disponíveis e os seus concorrentes também com assentos vazios.
e todo mundo querendo oferecer desconto. E aí, quando ele falou aquela frase, eu tomei a decisão, eu liguei pro meu pai, tomei decisão pra vender o curso de inglês. E aí, em 2019, eu vendi o curso de inglês, voltei 100 % pra Revo, e eu achava que a Revo seria o lugar certo, por quê? Porque, em si, na distância online, era o que crescia, que eu achava que ia crescer. O presencial, eu achava que não ia crescer. Mal podia antecipar que um ano depois teria pandemia.
Sylvestre Mergulhão (18:03.725)
ajudar ainda mais nessa decisão. E que teria me quebrado... Completamente, na outra empresa, porque era totalmente presencial. Totalmente presencial, a gente não tinha o fluxo de caixa e curso de inglês, uma coisa totalmente fácil de cancelar. Então, pra mim, foi outra coisa e me marcou. Muito bom. Aquelas coisas também que acontecem que não tem como a gente prever. Foi totalmente... Foi sem querer. Você teve uma intuição, você teve, na verdade, um insight de uma pessoa externa, topou aquilo ali.
E aí, por que eu estava fazendo o curso de Wharton pelo valor de ser eterno aprendiz? Estou sempre buscando aprender. Por que eu estava conversando com aquele empreendedor? Porque eu estava querendo buscar conhecimento. Então, como você falou desde o começo, faz parte dos valores. Legal. E como é que você avalia, cara, a necessidade de ser autêntico? E você é uma pessoa extremamente autêntica. Quem te conhece pessoalmente, te vê nas redes sociais, você fala assim, caraca, não é possível, é a mesma coisa mesmo.
Com algumas necessidades que a gente tem como líder, como é que você faz esse balanço? Algumas coisas podem ser contraditórias nesse trajeto. Eu tenho algumas necessidades em ser líder, mas isso pode ser contraditório com desenvolver toda a minha autenticidade. Acho o seguinte, tem coisas da autenticidade que você não pode trazer que fazem parte da estratégia do negócio. Então, vou abrir uma nova unidade, vou fazer alguma coisa...
Tem coisa de estratégia de negócio que, de fato, você não pode sair falando pra todo mundo. Só fazem parte da sua estratégia. Agora, quando você vai pro líder, como que você consegue convencer o outro que você tá falando a verdade? Ele tem que ter empatia. Ele só vai te sentir empatia se você tiver sendo transparente. Se sentir que tá falando com você, de fato, e não uma máscara sua. E pra isso, você tem que mostrar vulnerabilidade.
Então você tem que mostrar o seguinte, que você erra, que você também tem dúvidas, que você também, sabe, não tem certeza se é o certo, mas estamos juntos, vamos abraçar a causa e vamos descobrir o que vai ser. E eu tenho um pouco essa transparência, às vezes até em excesso, porque, honestamente, eu não acho que eu tenho que provar nada a ninguém a não ser eu. Então eu não estou nem aí, se você acha, tirando assim, ah, o cliente...
Sylvestre Mergulhão (20:27.853)
precisa me achar confiável pra fazer negócio, tá? Mas, assim, eu não tô aqui pra te impressionar, não tô aqui pra você me achar o máximo, pra... E aí, então, eu não acho que eu tenho que ficar te enrolando. Não tenho que fingir que eu tenho um carro melhor do que o seu, que eu faço as coisas melhores, que eu entendo mais de vinho que você. Então, eu falo, cara, realmente eu não entendo nada de vinho. Me ensina. Porque eu tô aqui mais pra aprender do que pra ficar ensinando. Isso é um desapego do ego também, né? Sim. Que eu vejo que é um...
uma questão que atinge muitas pessoas, né? Sim. Um apego muito grande ao próprio ego. Só que eu vejo muito assim, o ego, o apego ao ego entra muito em falta de confiança. A pessoa não tem confiança própria, tem muitas dúvidas e ele se apega ao ego pra ter certeza. Então ele não sabe se está certo ou errado, mas ele bate na mesa e fala, não, é assim porque eu sempre fiz assim, tal, tal, tal, porque ele não quer mostrar que ele não sabe. Ou que eventualmente ele pode até...
Ou que ele pode estar errado, exatamente. Em muitos casos, ele mesmo já sabe que está errado, só que não abre mão de tentar mostrar que está certo. Nossa, já errei muito exatamente nesse ponto, num passado, que felizmente está cada vez mais distante. Mas, enfim, vamos lá para a nossa questão potencialmente canceladora. É o momento que eu vou fechar aqui e falar aqui. Não, brincadeira.
Vamos lá, temos todo o tempo do mundo para te ouvir. Momento cancelador. Nossa, tem tantos, não é? Não. Eu acho que vou trazer um que é... Não é que é polêmico ou não, mas tem a ver um pouco com as minhas estratégias de redes sociais, tá? Vou falar baixinho. Beleza, ninguém vai te ouvir. Fica tranquilo. O que eu escrevo lá é estratégico. O que eu escrevo na rede social. Não quer dizer que não seja autêntico.
mas tem uma estratégia por trás. Então, eu conto histórias, conto coisas que de fato acontecem, mas tudo está linkado com uma estratégia de exposição de marketing, cultura, de várias coisas. Tem muitas pessoas... Por que isso é potencialmente cancelador? Porque tem muitas pessoas que entram na empresa, veem a minha rede social, entram na empresa e falam... Calma aí! Não era assim que eu achava que ia funcionar. Opa, calma aí! Não é assim que ele fala nas redes sociais.
Sylvestre Mergulhão (22:53.325)
E aí, qual é essa diferença? Como eu falei, a autenticidade é exatamente aquilo. Só que assim, cara, a gente trabalha muito. A gente rala muito, tem que cumprir entrega, tem que... Vai ter horas que vai ter estresse, que tem horas que o bicho pega. E a pessoa acaba vendo os meus posts e vê o quê? Eu viajando...
Eu sei lá onde, numa praia em Punta Cana, trabalhando como office. Com notebook aberto. Com notebook aberto. Então, só ver a parte boa. Conheço, conheço. Então, esses meus posts acabam atraindo uma visão que a empresa é perfeita, que é tudo ótimo, que tudo funciona. Que assim, tem muitas coisas boas. Como falei, tudo é autêntico. Mas, cara, vou dar um exemplo prático. A gente teve que demitir um cara em 15 dias. Ele entrou na empresa. Contratou e demitiu em 15 dias. Em 15 dias.
porque ele não fazia nada. Ele achava que... Não, home office, eu tenho liberdade. Posso trabalhar a hora que quiser. Não, eu estava no MET, eu estava levando meu filho na escola, eu estava fazendo isso. Eu falei, cara, e trabalho? Vou dar um exemplo, teve um cara que chegou, 10, 15 dias depois de contratado, decide passar dois meses no Canadá. E aí, tudo bem, mas e a entrega?
O problema foi que ele foi pro Canadá e não entregou. E ele achava que tava de home office lá e não precisava entregar. Esse cara ainda ficou alguns meses, mas o caso que ficou 15 dias, a gente, o cara literalmente não apareceu pra nada. 15 dias ele mandou embora, deu feedback, deu total, e aí ele se achou injustiçado, porque os meus posts não falavam nada disso.
nas redes sociais. Então... E acontece muito. Isso ainda podia ser realmente cancelado, porque ele podia vir chegar no LinkedIn lá. Vai acontecer. Eu já tenho ciência que algum dia alguém vai sair da empresa, vai detonar a empresa na rede social. E novamente, não é que a gente não faz. Não é que a gente não dá liberdade, não tem várias coisas que é bem diferente. Mas eu falo o seguinte, a gente é uma empresa, a gente tem que dar lucro, tem que dar resultado.
Sylvestre Mergulhão (24:58.977)
As pessoas são medidas, têm metas diárias. As pessoas têm que cumprir metas diárias, entram no honrar o compromisso e têm que entregar. Agora, como você vai entregar? Quando? Você vai levar seu filho na escola e vai trabalhar um pouco mais tarde. Você quer ir para a academia na hora do almoço e... Você faz o que quiser, desde que você entregue o combinado. E toda a parte de conteúdo que eu gero tem a ver com estratégias. Estratégia de engajamento, a forma que eu escrevo...
a forma que eu trago assuntos, conteúdos, deve ver com isso. Agora, o pessoal entra achando que ali é o país das maravilhas, que é tudo perfeito. Não à toa foi categorizado como o mais influente do Brasil. É, é verdade. Hoje eu sou o maior influenciador de LinkedIn do Brasil. Então, aqui a gente está chegando no final. Compartilha com a gente algumas, ou algumas, se você quiser mais de uma, experiências de fracasso que podem ser interessantes para o nosso público.
Ah, de fracasso tem muitas. Nossa, quanto tempo a gente tem? Vou dar um exemplo que é bem recente. Ano passado, a decidiu... Arrevo só para contextualizar, a gente faz ensino corporativo, a gente faz treinamento online para grandes empresas. E a gente decidiu escalar isso para pequenas e médias empresas. Então, modelo que você vê faz total sentido.
Então, eu vendo o software de treinamento, eu tenho vários cursos, vou pegar isso, vou empacotar isso de uma outra forma e vender isso em vez de para centenas de empresas, para milhares. O que eu fiz? Contratei uma força de vendas enorme, botei só 8, 10 vendedores novos, todos vendedores mais juniors, comecei a investir em tráfico, comecei a investir acho que 50 mil por mês para gerar leads, comecei a fazer várias coisas, comprar listas, só montei, contratei gerentes comerciais, cara, gastei uma grana, botei...
E deu errado. E não deu certo. E foi um mega fracasso, a gente teve um prejuízo enorme por causa disso. E o principal motivo que a gente entendeu que o nosso modelo voltaram para grandes empresas. Então, as pequenas e médias empresas não têm as dores e não têm a maturidade suficiente para contratar os nossos serviços. Só que, assim, penou muito. Porque, além do fracasso financeiro, que foi grande, a gente teve que ter 20 gente.
Sylvestre Mergulhão (27:22.541)
Teve que recuar, voltar atrás, desfazer projetos, fazer contratos, tirar fornecedores. Então, o ano passado foi um ano de muitos aprendizados, até que lá para julho, agosto, setembro, a gente decidiu, não, para tudo isso, para, e vamos focar no nosso ICP, que é o cliente ideal. É, você fugiu do seu ICP, tentou achar... Tentar escalar? Tentou criar um novo mercado, um novo, achar um novo ICP. Isso muito por causa, assim, você vai para a gente...
É uma empresa bootstrap, né? gente... Hoje, dando o contexto dos ingleses saindo da sociedade, mas somos uma empresa 100 % brasileira com sócios, três pessoas físicas. Então, a gente começou a olhar, poxa, como que eu atraio investimento? Como eu atraio VC, né? Como que eu vou trazer um sócio? Pô, VC quer escala, VC quer que a gente entre e sai crescendo múltiplos absurdos. Não vou fazer isso no mercado de grandes empresas, vou tentar fazer isso nas...
pequenas e médias, porque se isso der certo... Então, toda estratégia era essa. Aí deu superado. E, final das contas, a não atraiu VC. A gente sabe que isso pode acontecer. Bom, e quem você acha brilhante, que eu deveria convidar para participar desse papo aqui, assim como você hoje, falando sobre esses assuntos, sempre conectado com os nossos valores? Tem várias pessoas para indicar, deixa eu ver. Deixa eu... O Rodolfo Sanson, eu acho que é um cara...
bem profundo, quando você fala de valores, quando você fala de vários assuntos que você tocou aqui. Outro que eu gosto bastante é o Arapon, da Unison. Então, são dois nomes aí para você refletir. Boa, maravilhoso. Ó, tá ligado que eu vou convidar vocês, né? Então, se liguem aí. Então, estamos chegando aqui no final, Richard. Cara, muito obrigado, de verdade. Show, obrigado. Que aceito esse convite. Foi um prazer. É, aprendi pra caraca. Aqui é incrível como... Ao entrevistar, ao conversar, numa conversa franca...
E, sobretudo, com pessoas que já têm alguma relação, eu consigo aprender tanto. É realmente impressionante. E, para quem não sabe ainda, a Impulso é uma People Tech especializada no aumento da capacidade e produtividade das empresas tech. A gente tem um livro chamado Sentir e Responder, que a gente trouxe aqui para o Brasil com exclusividade pela Impulso. O livro está aparecendo aqui na tela. É o livro que eu costumo dizer que todo gestor deveria ter lido antes da pandemia começar e, eventualmente, as empresas estariam um pouco mais preparadas.
Sylvestre Mergulhão (29:48.22)
para ter passado por aquele momento tão grave. Faz aí seu jabá e suas palavras finais. Agradecer, eu gostei muito do formato das perguntas. A gente está acostumado a participar de podcast, falar da carreira, da empresa, tal, tal, tal. Então, obrigado pelo convite. E quem quiser seguir nas redes sociais, arroba Richard Uchoa. Estou nas principais plataformas aí. Falo muito de liderança, empreendedorismo, negócios, enfim.
Boa, obrigado gente, até mais, até a próxima.
Onde encontrar mais sobre Richard Uchoa
Recursos e links citados
Aqui estão, também, os links das dicas citadas pelo nosso convidado especial:
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